Quase um quarto da população poderá não ter acesso a vacinas até 2022

Quase um quarto da população mundial poderá não ter acesso a uma vacina contra o novo coronavírus até 2022, mas mais de metade quererá ser inoculada.

Quase um quarto da população poderá não ter acesso a vacinas até 2022

Quase um quarto da população mundial poderá não ter acesso a uma vacina contra o novo coronavírus até 2022, mas mais de metade quererá ser inoculada, segundo estudos científicos publicados hoje no boletim BMJ.

A 15 de novembro passado, estavam reservadas por vários países 7,48 biliões de doses de vacinas de 13 fabricantes, com 48 vacinas candidatas em estudos clínicos.

Segundo a análise dos investigadores da Faculdade de Saúde Pública Johns Hopkins Bloomberg, 51 por cento destas doses irão para países de rendimentos altos, que representam 14 por cento da população mundial, com os restantes 49% a irem para os países mais pobres, que têm mais de 85% da população.

Se todas as vacinas candidatas chegarem à produção, a capacidade de produção estimada atingira 5,96 mil milhões de doses no fim de 2021, com preços que podem variar entre os 4,9 e os 61 euros.

Até 40 por cento desta capacidade de produção poderá chegar a países de baixos e médios rendimentos, mas isso dependerá parcialmente de os países mais ricos partilharem as vacinas que reservam e se a Rússia e os Estados Unidos participarão nos esforços para uma distribuição equitativa global.

Mas os autores salientam que mesmo que todos os fabricantes consigam chegar à sua capacidade de produção máxima, pelo menos um quinto da população mundial não terá acesso a vacinas até 2022.

No outro estudo publicado hoje, investigadores na China e nos Estados Unidos referem que as evidências disponíveis apontam para que 68% da população (3,7 mil milhões de pessoas) está disposta a receber a vacina para a covid-19.

Procuraram estimar quais as populações alvo para as quais seriam precisas vacinas, que variam por região, os objetivos da vacinação e o impacto das dúvidas da população sobre a vacina.

Ambos os estudos se basearam em observação e os autores reconhecem a incerteza e a informação incompleta de que dispõem.

 

 

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