Queimadas entre as principais causas dos fogos até 31 de agosto

Até 31 de agosto de 2018, as causas mais frequentes dos incêndios foram o uso do fogo — queimadas, com 60%, e incendiarismo — Imputáveis, com 17%.

Queimadas entre as principais causas dos fogos até 31 de agosto

Sessenta por cento dos incêndios investigados entre 01 de janeiro e 31 de agosto foram causados por queimadas, segundo do último relatório de incêndios rurais do Instituto de Conservação da Natureza e da Floresta (ICNF).

Os dados do relatório apontam que entre 01 de janeiro e 31 de agosto ocorreram 8.953 incêndios rurais, o segundo registo mais baixo dos últimos dez anos.

Do total de 8.953 incêndios rurais verificados este ano, foram investigados e têm o processo de averiguação de causas concluído (64% do número total de fogos — responsáveis por 21% da área ardida).

“Destes, a investigação permitiu a atribuição de uma causa para 3.923 fogos (68% dos incêndios investigados — responsáveis por 17% da área ardida), é referido.

Segundo o relatório, até 31 de agosto foram registados um total de 8.953 incêndios rurais que resultaram em 36.165 hectares de área ardida, entre povoamentos (10.710 hectares), matos (14.039) e agricultura (2.416).

Este ano foram registados menos 42% de incêndios rurais e menos de 60% de área ardida relativamente à média anual do período dos últimos dez anos, destaca o ICNF.

O ano de 2018 apresenta, até 31 de agosto, o segundo valor mais reduzido em número de ocorrências e o terceiro mais reduzido de área ardida, desde 2008.

Ainda no que diz respeito à área ardida, o ICNF destaca que os incêndios com área ardida inferior a um hectare são os mais frequentes em 2018 (87% do total de incêndios rurais).

No que se refere a fogos de maior dimensão, até 31 de agosto existe apenas um incêndio com área ardida superior ou igual a 1.000 hectares (o de Monchique, no distrito de Faro, que destruiu uma área de 26.763 hectares).

O incêndio rural, combatido por mais de mil operacionais, deflagrou em Monchique (no distrito de Faro) no dia 03 de agosto e foi dominado no dia 10, depois de afetar também o concelho vizinho de Silves e, com menor impacto, Portimão (no mesmo distrito) e Odemira (Beja). Quarenta e uma pessoas ficaram feridas, uma das quais em estado grave.

O documento destaca também que no “corrente ano e até à data, o mês de agosto é aquele que apresenta maior número de incêndios rurais, com um total de 2.568 incêndios, o que corresponde a 29% do número total registado no ano”.

Até 31 de agosto registaram-se 12 incêndios que resultaram em 29.181 hectares de área ardida, cerca de 81% do total.

O distrito mais afetado em área ardida, é o de Faro com 26.868 hectares, cerca de 74% da área total, seguido de Braga com 1.1175 hectares (3% do total) e de Bragança com 1068 hectares (3%).

Quanto ao maior número de ocorrências, o relatório indica que ocorreram nos distritos do Porto (1.576), Braga (868) e Aveiro (789), sendo que são fogos maioritariamente de reduzida dimensão (não ultrapassam um hectare de área ardida).

 

 

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