Raimundo enaltece Paredes, “músico genial e homem generoso”

O secretário-geral do PCP, Paulo Raimundo, enalteceu hoje “o músico genial, o homem generoso” e o militante comunista de toda a vida” que foi Carlos Paredes, considerando o guitarrista um “símbolo ímpar da Cultura”.

Raimundo enaltece Paredes,

“Nos 100 anos de Carlos Paredes comemoramos o músico genial, o homem generoso, o militante comunista de toda a vida, o homem dos mil dedos e das mil convicções, que nos deixou uma obra sem paralelo, que continua a mobilizar novas gerações para mudar de vida e construir um mundo melhor a que têm direito”, referiu Paulo Raimundo através de um vídeo enviado às redações.

Para o líder comunista, “a genialidade e a mestria” de Carlos Paredes “não pode ser separada da sua opção militante, da sua opção de compromisso e de ligação à vida e à realidade do povo”.

“O povo e uma guitarra é também tudo isto que foi e continua a ser Carlos Paredes”, elogiou.

O PCP, de acordo com Paulo Raimundo, “orgulha-se de ter entre os seus um dos grandes intérpretes da música portuguesa”, considerando o guitarrista “tão sublime ao ponto” de se tornado “no seu símbolo e que foi e é um símbolo ímpar da cultura portuguesa”.

O guitarrista Carlos Paredes faria hoje 100 anos e para o celebrar há um conjunto de iniciativas que já começaram no início do mês e se vão prolongar ao longo dos próximos meses, incluindo dois concertos, hoje.

Carlos Paredes nasceu em Coimbra, em 16 de fevereiro de 1925, e morreu em Lisboa, em 23 de julho de 2004, cidade para onde a família se havia mudado logo em 1931.

Filho do guitarrista Artur Paredes, outro nome maior da guitarra portuguesa, Carlos Paredes deu continuidade a uma linha familiar de gerações de músicos, mantendo-se leal à tradição e ao estilo de origem, tocando a guitarra de Coimbra, com a afinação do fado de Coimbra. Imprimiu, porém, uma abordagem pessoal, que o levou aos principais palcos mundiais e a trabalhos conjuntos com outros grandes intérpretes, como o contrabaixista norte-americano de jazz Charlie Haden, com quem editou o álbum “Dialogues”. O Kronos Quartet adotou “Verdes Anos” para o seu repertório.

Carlos Paredes viveu, sobretudo, em Lisboa e a cidade inspirou muitas das suas composições. “Verdes Anos”, uma das mais conhecidas da sua obra, foi composta para o filme homónimo de Paulo Rocha, marco do Novo Cinema português dos anos de 1960.

Combatente antifascista, opôs-se à ditadura e foi preso pela PIDE, no final da década de 1950, tendo sido encarcerado na Cadeia do Aljube e no Forte de Caxias.

 

JF (TDI/JRS/SS) // MSF

By Impala News / Lusa

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