Realizador francês Bertrand Blier morre aos 85 anos
Para o jornal Le Figaro, morreu “um dos últimos gigantes do cinema francês”, que “soube inventar seu próprio universo cinematográfico” e deixou “filmes inesquecíveis para várias gerações”.
Da filmografia, iniciada nos anos 1960, fazem parte, por exemplo, “Hitler, connais pas” (1963), “Como se eu fosse um espião” (1967), no qual entra o pai, o ator Bernard Blier, “A mulher do meu melhor amigo” e “Que raio de vida!” (1991), com Charlotte Gainsbourg e Anouk Grinberg.
Autor de filmes marcados pelo humor negro e pela comédia grotesca, Bertrand Blier venceu em 1979 o Óscar de Melhor Filme Internacional com “Uma mulher para dois”, protagonizado por Carole Laure, Gérard Depardieu e Patrick Dewaere.
Gerard Depardieu foi, aliás, um dos atores que mais trabalhou com Bertrand Blier e cuja colaboração marcou o cinema francês nos anos 1970 e 1980, com destaque para “As bailarinas” (1974), “Crimes a sangue frio” (1979), “Bela demais para ti” (1989) e “Quanto me amas” (2005).
A propósito de “As bailarinas”, com Depardieu e Dewaere, a AFP lembra que este filme foi considerado subversivo e de culto, e ao mesmo tempo criticado “pela misoginia e pela forma como retratou a predominância masculina”.
“Hitler, connais pas” (1963) valeu-lhe um prémio de primeiras obras em Locarno (Suíça) e com “Bela demais para ti” venceu o Grande Prémio do Júri em Cannes.
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By Impala News / Lusa
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