Escolas desperdiçam quase um milhão de refeições
Quase um milhão de refeições escolares que tinham sido encomendadas foram desperdiçadas porque os alunos faltaram, revela o relatório sobre cantinas concessionadas a privados.
Entre setembro do ano passado e 31 de maio deste ano, as cantinas escolares geridas por empresas privadas serviram mais de 25 milhões de refeições a alunos desde o pré-escolar ao ensino secundário.
No entanto, tinham sido encomendadas mais de 26 milhões, o que significa que não foram servidas 951.923 refeições “pela falta de alunos à refeição”, refere o relatório da Direção-Geral dos Estabelecimentos Escolares (DGEstE).
Os alunos do 2.º ciclo foram os que mais faltaram, tendo sido desperdiçadas cerca de 398 mil refeições (4,4% do encomendado), seguindo-se os estudantes do 3.º ciclo, que desperdiçaram mais de 376 mil refeições (4% do total).
Só metade das escolas (49%) pediu refeições vegetarianas este ano, mas os alunos faltam muito aos almoços que marcam.
Apesar de a legislação ter passado a obrigar os refeitórios a oferecer esta opção, só em 381 cantinas foi solicitada essa refeição.
Assim, das quase 26.515 mil refeições fornecidas ao longo deste ano letivo, apenas 144 mil se referiam a opções vegetarianas, sendo que também houve um desperdício de 4.673 pratos porque os alunos faltaram.
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As refeições escolares servidas por cantinas geridas por privados motivaram 854 queixas, sendo as principais causas de reclamação a falta de pessoal e a qualidade e quantidade dos alimentos.
Depois de mais um arranque de ano letivo marcado por críticas de alunos e encarregados de educação aos refeitórios, o ME desenhou e implementou um plano de controlo da qualidade das refeições.
80 visitas de fiscalização a cantinas aprovaram positivamente mais de 185 mil refeições
As quase 165 mil refeições testadas pelas equipas de fiscalização tiveram uma avaliação média de “Bom” nos seis itens: confeção, qualidade dos produtos, apresentação do serviço e do pessoal, eficiência e higiene.
No entanto, a análise destas equipas não previa a avaliação do rácio de pessoal nem a quantidade dos produtos, as duas situações que provocam mais reclamações.
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Em média, cada refeição servida nos 776 refeitórios concessionados pela DGestE custa cerca de 70 cêntimos.
Há cinco mil escolas públicas e quase todas têm um refeitório: Dos 1.148 refeitórios nas escolas do 2º e 3º ciclo e secundário, mais de metade (778) é gerido por empresas, sendo os restantes geridos pelas escolas (348) e autarquias (24).
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