Seca extrema deixa de existir nas regiões do Alentejo e do Algarve
Alentejo e Algarve tiveram melhoria da situação de seca, deixando de haver alguma área em seca extrema, estando agora numa situação severa, segundo o IPMA.
O Alentejo e o Algarve tiveram uma melhoria da situação de seca meteorológica, deixando de haver alguma área em seca extrema, estando agora numa situação severa, segundo o último boletim climatológico do IPMA. No final de março, 35,8% de Portugal continental estava na classe normal, 25,7% em seca moderada, 16% em seca severa, 12,6% em seca fraca, 9,1% em chuva fraca e 0,8% em chuva moderada. A situação de chuva fraca ou moderada e normal encontravam-se a norte do rio Tejo e as restantes situações, sensivelmente a sul, de acordo com índice meteorológico de seca (PDSI) disponível no ‘site’ do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA). No final de fevereiro, 7,3% do território estavam em seca extrema e a 31 de março essa situação já não existia.
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Alentejo e Algarve deixam de estar nas classes de seca extrema e severa
O índice PDSI indicava no final de fevereiro um aumento da área e intensidade da seca meteorológica nas regiões a sul do Tejo, com destaque para as regiões do Alentejo e Algarve nas classes de seca severa e extrema. Nas regiões a norte do Tejo registava-se em fevereiro uma diminuição na área das classes de chuva. Segundo o IPMA, no final de fevereiro, 37,5% do continente estava na classe normal, 19,2% em seca severa, 15,1% em seca moderada, 11% em seca fraca, 9,1% em chuva fraca, 7,3% em seca extrema e 0,8% em chuva moderada. O instituto classifica em nove classes o índice meteorológico de seca, que varia entre “chuva extrema” e “seca extrema”.
De acordo com o IPMA, existem quatro tipos de seca: meteorológica, agrícola, hidrológica e socioeconómica. A seca meteorológica está diretamente ligada ao défice de precipitação, quando ocorre precipitação abaixo do que é normal. Depois, à medida que o défice vai aumentando ao longo de dois, três meses, passa para uma seca agrícola, porque começa a haver deficiências ao nível da água no solo. Se a situação se mantiver, evolui para seca hidrológica, quando começa a haver falta de água nas barragens. Existe também a seca socioeconómica, que é considerada quando já tem impacto na população.
Valores da precipitação superiores ao normal em grande parte do território
Além do índice de seca, o Boletim Climatológico do IPMA indica também que o mês de março em Portugal continental foi quente em relação à temperatura do ar e normal em relação à precipitação. De acordo com o IPMA, os valores médios da temperatura máxima do ar (17,71 graus Celsius) e da mínima (6,94 graus) foram superiores ao normal. O menor valor da temperatura mínima no continente foi registado no dia 31 nas Penhas Douradas (-3,9 graus) e o maior valor da máxima (29,6 graus) em Aljezur, no distrito de Faro, em 11 de março.
O Instituto indica que em alguns dias do mês de março foram registados desvios da temperatura máxima do ar superiores a 4 graus e dias em que as mínimas, máximas e médias foram inferiores ao normal, com um desvio de -6 graus (no dia 31). No que diz respeito à precipitação, o IPMA adianta que os valores foram superiores ao normal em grande parte do território, destacando-se as regiões a norte de Coimbra, alguns locais no interior do Alentejo e do Algarve, onde os valores de percentagem excederam os 150%.
Nas regiões do Litoral Centro, do Oeste, de Lisboa e Vale do Tejo e da Península de Setúbal os valores foram inferiores ao normal, sendo mesmo, nalguns locais, inferiores a 50%. No final de março, verificou-se, relativamente a fevereiro uma ligeira diminuição dos valores de percentagem de água no solo nas regiões do norte e centro e um aumento na região sul, nomeadamente no Baixo Alentejo e Algarve.
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