Registadas menos 5% de ocorrências de incêndios na primeira semana de agosto
Segundo o comandante nacional da Autoridade Nacional de Proteção Civil, entre 01 e 07 de agosto, deflagraram menos 46 incêndios florestais, foram utilizados menos 19% dos operacionais (menos 5.328) e foram cumpridas menos 159 missões aéreas.
O número de ocorrências de incêndios diminuiu 5% na primeira semana de agosto, em relação à última de julho, segundo o comandante nacional da Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC).
Durante o encontro semanal com os jornalistas, Rui Esteves afirmou que, entre 01 e 07 de agosto, deflagraram menos 46 incêndios florestais, foram utilizados menos 19% dos operacionais (menos 5.328) e foram cumpridas menos 159 missões aéreas.
De 01 a 07 de agosto, das 13 grandes ocorrências, em média por ocorrência, forma mobilizados 300 operacionais e 80 veículos. Globalmente foram disponibilizados 3.659 operacionais, apoiados por 1.045 veículos com 92 missões de meios aéreos.
A maior parte dos grandes incêndios ocorreram no Porto, Viana, Braga e Vila Real.
“Claramente se percebe a violência com que os incêndios arrancam logo na sua fase inicial”, explicou Rui Esteves.
O comandante nacional alertou que esta semana se mantém o risco de incêndio elevado ou extremo, sendo as regiões do Norte, Centro e Algarve as que mais preocupam.
“Há um aumento da classe de risco de incêndio para níveis muito elevado e máximo nos próximos dias”, adiantou.
Entre 25 e 31 de julho foram registados 830 incêndios com uma mobilização de 22 mil operações e o apoio de 5.586 veículos e 437 missões aéreas.
Os distritos do Porto, Aveiro e Braga foram os que tiveram mais ignições e os de Vila Real, Aveiro e Santarém foram o que tiveram mais área ardida.
O comandante nacional destacou ainda o nível de seca no território que se situa nos 9,2% de seca extrema, 69,6% em seca severa e 16,5% em seca moderada, reforçando que o elevado índice de escura do combustível e a quantidade deste nas florestas é um dos principais fatores que condicionou os últimos grandes incêndios.
“Hoje já ninguém vai à floresta apanhar caruma, pinhas ou recolher material lenhoso para a lareira, acumula-se ano após ano. E é este acumular de combustível que se torna um potencial elevado sempre que o incêndio tem início nesses locais”, disse.
Juntamente com a grande quantidade de combustível nos solos florestais está a pouca humidade do ar, as altas temperaturas e ventos fortes, dando origem a “incêndios violentos e com projeções e eruptivos logo na fase inicial”.
Globalmente, de 01 de janeiro a 07 de agosto, registaram-se 9.160 ocorrências de incêndio florestal e ardeu uma área de 138 mil hectares, segundo dados provisórios do Instituto de Conservação da Natureza e Florestas, citados por Rui Esteves.
Desde o início do ano, as autoridades (GNR e PJ) detiveram 77 pessoas, contra as 28 detidas no mesmo período do ano passado.
Siga a Impala no Instagram