Restaurantes querem mais incentivos para empresas que façam doações de alimentos

Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal propôs, num documento enviado aos partidos políticos, mais incentivos fiscais para empresas que doem alimentos.

Restaurantes querem mais incentivos para empresas que façam doações de alimentos

Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP) propôs, num documento enviado aos partidos políticos, mais incentivos fiscais para empresas que doem alimentos. “Em Portugal são desperdiçadas cerca de um milhão de toneladas de alimentos/ano, o que equivale a cerca de 100 kg [quilogramas]/pessoa/ano”, lê-se na nota enviado pela AHRESP aos partidos concorrentes às eleições legislativas de outubro.

Apesar de ter sido publicada em 2018 a Estratégia Nacional e Plano de Ação de Combate ao Desperdício Alimentar, a AHRESP entende que as ações existentes são “pontuais”, “não têm coordenação nacional, nem são devidamente monitorizadas”.

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 Redução do uso de plástico é uma das preocupações da associação

Além da criação de mais incentivos fiscais para empresas que doem alimentos, as propostas da AHRESP para o combate ao desperdício alimentar passam também por “introduzir conteúdos programáticos sobre como reduzir/eliminar o desperdício alimentar nos planos curriculares”, disponibilizar verbas “que permitam ceder gratuitamente embalagens para sobras alimentares aos estabelecimentos de restauração e bebidas” e, ainda, a realização de uma campanha de sensibilização que, não só informe sobre as ações a implementar nesta matéria, mas também que ajude a combater “o estigma associado a levar sobras para casa”.

Também no âmbito da promoção de práticas sustentáveis no setor da hotelaria e restauração, a AHRESP propõe a “criação de incentivos financeiros e/ou fiscais para a realização de diagnósticos e auditorias energéticos para PME [Pequenas e Médias Empresas]” e para a “aquisição de equipamentos e serviços de alta eficiência energética e hídrica”.

A redução do uso de plástico no setor é igualmente uma das preocupações da associação, que considera importante fazer-se uma análise sobre “alternativas ao uso de louça e embalagens descartáveis, disponibilização no mercado nacional, custos e impacto ambiental”.

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