Rosa Grilo | Amiga do triatleta confirma tese dos angolanos: «Estava a ser ameaçado»
Na quinta sessão do julgamento em que António Joaquim e Rosa Grilo respondem pela morte de Luís Grilo, foi ouvida a amiga do triatleta que confirma a tese da viúva. «Ele disse-me num almoço que estava a ser ameaçado!.»
Na quinta sessão do julgamento em que António Joaquim e Rosa Grilo estão acusados da morte de Luís Grilo, foi ouvida a amiga do triatleta que confirma a tese da viúva, ao dizer que tem a «convicção de que Luís Grilo foi morto por angolanos». «Ele disse-me num almoço que estava a ser ameaçado!», acrescentou.
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Juíza adverte a testemunha para a possibilidade de o triatleta estar a brincar com a situação
A mulher explica que conhecia Luís Grilo há 28 anos, desde os tempos da faculdade, e nunca perderam o contacto, sendo a relação de ambos pautada por «vários almoços», nos quais «falam sobre a vida pessoal e profissional». E terá sido num desses encontros que, segundo a testemunha, o triatleta lhe terá confessado que estava a ser «ameaçado pelo parceiro de Angola». Este era um tema recorrente entre os amigos, uma vez que Luís Grilo tinha ido em trabalho para este país em 2010 para «instalar um posto de Internet». «Fiquei interessada nesse tema, porque também tinha vontade de ir para a Angola», adianta a testemunha.
No entanto, ressalva, as respostas do triatleta relativamente a este assunto «eram sempre muito evasivas». «Uma das perguntas, depois de ele ter regressado de Angola, foi quem era o parceiro de negócios que o levou para aquele país. Luís nunca me respondeu concretamente a esta pergunta», recorda. A mulher conta ainda que, sempre que se reencontravam, perguntava sempre pelo «parceiro de Angola», na «brincadeira». «O Luís respondia sempre: ‘Vai bem, vai andando’», conta. No último encontro, a 27 de junho, a mulher insistiu na mesma questão. «O Luís respondeu-me: ‘Estou a receber o dinheiro e não faço o trabalho’», revela.
Testemunha apresenta discurso confuso
A juíza adverte a testemunha para a possibilidade de o triatleta estar a brincar com a situação, uma vez que «não tem certezas que de ele estava a trabalhar efetivamente para Angola, e estar a basear-se em presunções». «Estou a relatar os factos», disse a testemunha a chorar. «Ele disse-me que estava a ser ameaçado pelo parceiro de Angola e que ninguém sabia, nem mesmo a Rosa.» A testemunha explica que nunca soube da identidade dessa pessoa, nem se seria uma ou mais pessoas. «Não lhe perguntou a razão pela qual estava a ser ameaçado?», pergunta a magistrada. «Não. Quis preservar a minha segurança», avança a mulher.
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