Na sessão do julgamento desta terça-feira, 17 de fevereiro, a juíza insiste com Rosa Grilo para perceber o que a levou deixar o filho sozinho em casa com um dos assassinos do triatleta, um dos tais «angolanos». Os alegados indivíduos «ainda não sabiam onde estavam os diamantes». Mas já teriam matado «a única pessoa que lhes podia indicar» o paradeiro das pedras preciosas, alega a Defesa. «O próximo alvo seria a Rosa Grilo e poderiam chantageá-la com o filho.»

ROSA GRILO em tribunal:
«Tenho muitas merdas para o julgamento»

«Devia de ter agarrado no meu filho e ter ido embora», chora Rosa Grilo

«Estou arrependida de tudo. Devia ter agarrado no meu filho e ter ido embora», diz Rosa a chorar. «o meu filho é a coisa mais importante», afirma, revelando que nunca pensou que o menor estivesse a «correr perigo». «Não pensei que o indivíduo branco lhe fosse fazer algo.»

Viúva enviava cartas ao amante à socapa

O Tribunal apreendeu várias cartas comprometedoras para Rosa Grilo, que estava proibida de contactar com o amante, António Joaquim. Uma dessas missivas foi intercetada quando a arguida tentava comunicar, apesar de proibida, com o alegado coautor da morte de Luís Grilo. «Por que é que insistiu em contactá-lo sabendo que estava proibida?» À pergunta da juíza, Rosa Grilo explica que «queria tranquiliza-lo». Para que «ele soubesse que, com as provas que existiam, ele não ia ser envolvido».

Reportagem WiN: Jéssica Santos

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