Em julgamento, esta terça-feira, 17 de setembro, Rosa Grilo explica ter mudado a decoração do quarto de hóspedes a seguir ao crime porque, segundo a arguida, a mãe «ia ser operada à anca e iria ficar uns dias» em casa do casal. Para isso, Rosa desfez-se da cama de casal e comprou duas individuais. Justifica-o com o facto de a cama da mãe ser «articulada». A juíza quesyiona-a. Não seria «mais facil desmanchar a de casal e meter a articulada» no quarto? «Que necessidade que sentiu de o fazer, ainda por cima neste momento da sua vida?» Rosa responde. «Assim ficaria com o quarto completo para o futuro.»

ROSA GRILO assume
«Nada do que fiz foi normal. Não pensei em nada»

Rosa Grilo explica ainda por que deitou fora o colchão

Relativamente ao colchão, deitado fora, Rosa Grilo diz que este «não estava em condições para ser usado, por já ser velho. Sobre os vestígios hemáticos – salpicos de sangue – na parede e na mesa de cabeceira Rosa explica que devem ter sido porque usou «sacos de plástico e devem ter saltado salpicos». O Procurador fala em salpicos de sangue pelas paredes, o que implica «projeção». Ora, «se as roupas estão dentro dos sacos»… «Não sei», diz rosa. A juíza insiste. «A senhora, na semana passada, disse que limpou o chão onde estaria o sangue. E que pôs tudo em sacos plásticos, na cozinha. Se pôs a roupa ensaguentada dentro dos sacos e os foi levar ao lixo»… Rosa interrompe. «Só fui ao lixo à noite.» A juíza prossegue. E insiste. «Que motivo a levou a levar os sacos com roupa suja de sangue para o quarto de hospedes?» Porque, responde Rosa Grilo, «era um sitio para onde ninguém iria»…

Reportagem WiN: Jéssica Santos

ROSA GRILO «arrependida de tudo»
«Devia ter agarrado no meu filho e ido embora»

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