Seis em cada dez escolas da Faixa de Gaza sofreram ataques diretos

Pelo menos 61% das escolas da Faixa de Gaza, sob constante bombardeamento e ataques do exército israelita desde o ano passado, “foram atacadas diretamente” até julho de 2024, segundo um relatório divulgado hoje pela UNESCO no Brasil.

Seis em cada dez escolas da Faixa de Gaza sofreram ataques diretos

“Em 2023, o estado da Palestina sofreu 720 ataques à educação”, afirma o Relatório de Monitoramento Global da Educação 2024 (GEM), divulgado na cidade brasileira de Fortaleza (nordeste).

No documento patrocinado pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) é mencionado, porém, que os ataques visando estruturas de ensino têm sido uma constante no enclave palestiniano, mesmo antes dos ataques do Hamas de 07 de outubro de 2023, quando a milícia islamita palestiniana entrou no território israelita, matando cerca de 1.200 pessoas e raptando outras 250.

O relatório aponta que, desde 2013, a Palestina, juntamente com o Afeganistão, agora sob o domínio dos talibãs, tem sido alvo de “mais de 100 ataques à educação todos os anos”.

A ofensiva militar israelita na Faixa de Gaza, desencadeada pelos ataques de 07 de outubro de 2023, causou até agora mais de 43.000 mortos e 101.500 feridos, de acordo com os registos hospitalares, além de ter deslocado centenas de milhares de pessoas.

A nível mundial, “os ataques a escolas ascenderam a cerca de 3.000 em 2022, exacerbados pela guerra na Ucrânia, e novamente em 2023, pela guerra no estado da Palestina”, refere o relatório independente.

A divulgação do documento em Fortaleza coincidiu com o Encontro Global de Educação, organizado pela UNESCO, e uma série de reuniões dos ministros da Educação do G20, fórum que reúne as economias mais poderosas do mundo.

 

JSD // SCA

By Impala News / Lusa

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