Sobem para 59 os mortos em inundações no Brasil, 67 pessoas continuam desaparecidas
As autoridades brasileiras elevaram para 59 o número de mortos em consequência dos dois temporais que atingem há vários dias o estado do Rio Grande do Sul, com o registo adicional de 67 desaparecidos.
A Proteção Civil do Brasil referiu que 281 municípios foram atingidos pelas chuvas, 8.296 pessoas ficaram desalojadas e 74 ficaram feridas. O número total de pessoas afetadas é quase 400 mil, segundo o jornal “Folha de São Paulo”.
Além disso, há 350 mil casas sem eletricidade e 441.120 clientes sem água corrente, número que duplicou nas últimas horas. Há também 63 municípios sem serviços de telefone e Internet.
As autoridades suspenderam as aulas em 2.338 escolas públicas, num total de 200.000 alunos.
Na madrugada de ontem [sexta-feira], o rio Guaíba, em Porto Alegre, atingiu 4,23 metros, o nível mais alto desde 1941.
Na área metropolitana de Porto Alegre e no sul do estado de Santa Catarina “a probabilidade de inundações é muito elevada”, referem as autoridades.
Quanto aos deslizamentos de terra devido às chuvas, o risco é “muito elevado” em Porto Alegre, no nordeste do Rio Grande do Sul e no sul de Santa Catarina.
O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, explicou que as forças de segurança resgataram um total de 8.000 pessoas, numa publicação na sua conta na rede social X.
“Mais de 8.000 pessoas já foram resgatadas por terra e ar, nas mais diversas circunstâncias deste momento dramático que estamos a viver”, acrescentou o governador, fazendo “um apelo a todos os que se encontram em zona de risco para que abandonem esses locais e se refugiem em lugar seguro”.
Na mesma declaração, o governador garantiu que foram destacados para o terreno “mais de dois mil homens e mulheres das forças de segurança do Estado e pelo menos outros mil das Forças Armadas”, que estão a “trabalhar incansavelmente nos resgates”.
A região central de Porto Alegre está protegida por um sistema de diques e comportas construído após fortes chuvas ocorridas há oito décadas.
No entanto, várias cidades, como Barra do Ribeiro, Eldorado do Sul e Guaíba estão mais desprotegidas.
PJA // ZO
By Impala News / Lusa
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