Surto de cólera em cidade angolana já afetou mais de 500 pessoas

O surto de cólera que desde dezembro afeta a cidade angolana do Uíge já atingiu até ao momento pelo menos 513 pessoas, tendo provocado 10 vítimas mortais, informou hoje fonte da autoridade provincial de Saúde.

Surto de cólera em cidade angolana já afetou mais de 500 pessoas

O surto de cólera que desde dezembro afeta a cidade angolana do Uíge já atingiu até ao momento pelo menos 513 pessoas, tendo provocado 10 vítimas mortais, informou hoje fonte da autoridade provincial de Saúde.

O surto teve início a 21 de dezembro e tem atingido cerca de uma centena de habitantes cada semana, mas a ministra da Saúde de Angola disse a 18 de janeiro que a situação estava controlada.

“Nos últimos dias temos uma redução significativa de casos, isso só quer dizer que as medidas que estão a ser tomadas estão a ser adequadas”, disse anteriormente a ministra Sílvia Lutukuta.

Estão em curso campanhas de sensibilização da população para cuidados de higiene e com o consumo de água, mas também no sentido de recorrerem às unidades sanitárias ao primeiro sinal daquela doença.

As medidas de combate à doença levada a cabo pelas autoridades incluem ainda a distribuição de água potável à população, bem como cloro e comprimidos para o tratamento da água.

O surto já obrigou ao reforço das equipas locais de assistência, com médicos das Forças Armadas Angolanas (FAA), da Polícia Nacional de Angola, do Ministério da Saúde e de organizações não-governamentais.

Os casos de cólera foram registados nos bairros Orlando Fonseca, Gai e Candombe Novo, nos arredores da cidade capital da província do Uíge, tendo sido criado um centro de tratamento no hospital provincial e uma unidade de tratamento no hospital municipal de Candombe Velho.

Uma outra epidemia, ocorrida entre dezembro de 2016 e janeiro de 2017, afetou mais de 150 pessoas nas províncias de Luanda, Cabinda e Zaire, provocando uma dezena de mortos, o que levou na altura o Governo a aprovar um plano para tentar travar a propagação da doença.

Deste plano constava o tratamento da água potável, o reforço da recolha do lixo, a informação e educação das comunidades, formação de pessoal, a organização e mobilização de serviços clínicos, bem como o aprovisionamento de meios médicos e medicamentos e a biossegurança nas unidades sanitárias.

 

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