Presidente da Tanzânia quer que mulheres «abandonem» métodos contracetivos
O Presidente da Tanzânia, John Magufuli, apelou às mulheres do país que «abandonem» os métodos contracetivos e que «é importante reproduzir», segundo a imprensa tanzaniana.
«Vocês têm gado, vocês são grandes agricultores, vocês podem alimentar os vossos filhos. Por que precisam de controlo de natalidade?» A questão é de John Magufuli, presidente da Tanzânia, e foi lançada num discurso em que justificou por que devem as mulheres abandonar os contracetivos.
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«Viajei até à Europa e outros países e vi os efeitos prejudiciais do controlo de natalidade. Certos países enfrentam um declínio demográfico. Eles estão com falta de mão de obra», acrescentou, concluindo que «é importante reproduzir». «As mulheres podem agora abandonar os métodos contracetivos.»
Ausência de métodos contracetivos pode contribuir para a duplicação da população africana duplique até 2050
A Organização das Nações Unidas (ONU) prevê que a população africana duplique até 2050, chegando aos 2,5 mil milhões de pessoas, levantando alertas para uma «explosão demográfica» caso a economia e a criação de empregos não acompanhem este crescimento. A Tanzânia tem cerca de 60 milhões de habitantes.
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