Tapetes de Arraiolos ´invadem` ruas da vila alentejana a partir de quinta-feira

Uma mostra dos genuínos tapetes de Arraiolos nas principais artérias do centro histórico da vila, no distrito de Évora, tem lugar de destaque no certame “O Tapete está na Rua”, que começa na quinta-feira, foi hoje divulgado.

Tapetes de Arraiolos ´invadem` ruas da vila alentejana a partir de quinta-feira

O evento realiza-se entre 06 e 10 de junho, promovida pela Câmara de Arraiolos, e o programa integra um conjunto de atividades como espetáculos musicais, animação de rua, recriação histórica, exposições, mostra e venda de produtos regionais e de artesanato, e gastronomia.

A mostra de tapetes de Arraiolos no centro histórico da vila alentejana, com vários exemplares desta tapeçaria local estendidos nas ruas e praças e pendurados nas portas, janelas e varandas, constitui o principal destaque do certame, que vai ser inaugurado na quinta-feira, às 18:00.

Procurando promover e valorizar o tapete de Arraiolos, a iniciativa visa também divulgar o concelho e contribuir para a “dinamização da economia local” e o “desenvolvimento económico e social do concelho”, indicou a autarquia.

A câmara pretende ainda divulgar a história e o património de Arraiolos e promover a gastronomia local com a iniciativa “Semanas das Migas”, que vai decorrer nos restaurantes do concelho, entre sábado e 16 de junho.

No âmbito da iniciativa de promoção do tapete de Arraiolos, decorre no dia 07 de junho, a partir das 09:30, no cineteatro local, o encontro intitulado “A História e o Património Local: Alicerces do desenvolvimento cultural, social e económico do Alentejo”.

O cartaz de espetáculos do evento inclui atuações do grupo Zanguizarra (dia 06 de junho), Carolina de Deus (07), Pedro Abrunhosa (08), Rita Rocha (09) e Sara Correia (10), todos às 22:00, na Praça do Município.

Do tapete de Arraiolos, bordado a lã sobre tela, conhecem-se referências já desde os finais do século XVI (1598), com origem na vila alentejana com o mesmo nome, povoada no princípio desse século por mouros e judeus, expulsos da Mouraria de Lisboa por D. Manuel I.

Segundo investigações históricas, as famílias ali fixadas encontraram abundantes rebanhos de boa lã e diversidade de plantas indispensáveis ao tingimento e fabrico das telas onde são manufaturados os tapetes, empregando a técnica do ponto cruzado oblíquo, denominada “Bordado de Arraiolos”.

Na vila alentejana, pode ser visitado o Centro Interpretativo do Tapete de Arraiolos, onde, segundo o município, se apresenta “a história, as influências, as técnicas, os materiais e a evolução decorativa do Tapete de Arraiolos”, que é “uma das mais antigas e valiosas expressões das artes decorativas portuguesas”.

A Câmara de Arraiolos, que aguarda há vários anos pela certificação dos tradicionais tapetes, pretende candidatar o tapete de Arraiolos a Património Cultural Imaterial da Humanidade, pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO).

TCA (SM) // VAM

Lusa/Fim

 

 

By Impala News / Lusa

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