Teatro Nacional de S. Carlos abre programação operática em Faro com “O Elixir de Amor”
A ópera “O Elixir de Amor”, de Gaetano Donizetti, numa encenação de Mário João Alves, é hoje apresentada no Teatro das Figuras, em Faro, abrindo a programação operática deste ano do Teatro Nacional de S. Carlos.
Com o edifício-sede, em Lisboa, encerrado para obras de requalificação até 2026, no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência, o Teatro Nacional de S. Carlos (TNSC) tem três produções operáticas, na programação deste ano, que vai levar a diferentes palcos do país.
“Vamos lá deixar uma semente”, declarou aos jornalistas, em novembro, na apresentação da programação, a gestora Conceição Amaral, presidente do Organismo de Produção Artística (Opart), que tutela o S. Carlos.
A ópera “O Elixir de Amor”, sob a direção musical do maestro Bruno Borralhinho, também será apresentada no Teatro Municipal de Vila Real, no próximo dia 22, e no Centro Cultural e de Congressos de Caldas da Rainha, em 01 de março.
Esta ópera narra a história do camponês Nemorino que se apaixona por Adina. Julgando-a inalcançável, recorre aos serviços de um charlatão, Dulcamara, inventor de um elixir miraculoso, fortemente alcoolizado, que, supostamente, permite conquistar corações. Para o adquirir, é capaz de tudo.
Estreada em 1834, em Milão, “O Elixir de Amor” é uma ópera “profundamente romântica no gesto de elevar um grupo de pobres camponeses” a personagens principais, saindo dos salões da nobreza que dominavam as produções operáticas da época. Donizetti maneja, “com grande eficácia, figuras e situações da ‘opera buffa’ do século XVIII”, descreve a apresentação da obra pelo TNSC.
A soprano Rita Marques é Adina, papel que já interpretara na produção de 2022. O papel de Nemorino está entregue ao tenor croata Valentino Blasina, que atuou no Festival de Ópera de Óbidos, no ano passado, noutra ópera de Donizetti, “A Filha do Regimento”.
O restante elenco é composto pelos barítonos Tiago Matos e Diogo Oliveira, no papel de Dulcamara, pela soprano Joana Seara, a Orquestra Sinfónica Portuguesa e o Coro do TNSC, mobilizando mais de cem pessoas, entre cantores e instrumentistas.
Além de “O Elixir do Amor”, o cartaz operático do TNSC conta este ano com a oratória “Il Trionfo del tempo e del disinganno”, de Georg Friedrich Handel, estreada em Roma, em 1707, numa produção já apresentada em 2004, e “Jenufa”, de Leos Janácek, estreada em 1904, em Brno, que conta com encenação de Robert Carsen.
“Jenufa”, sob a direção musical de Jaroslav Kyzlink, estará, nos dias 21 e 23 de março, no Centro Cultural de Belém, em Lisboa, e a de Handel, sob a direção musical de Michael Hofstetter e encenação de Jacopo Spirei, terá três récitas em abril, nos dias 09, 11 e 13, no teatro municipal São Luiz, em Lisboa, e duas no Theatro Circo, em Braga, em 26 e 27 de abril.
O TNSC tem estado em itinerância desde setembro passado, e marcou presença em 16 palcos do país, até ao final de 2024, segundo dados oficiais. A digressão teve um reforço orçamental de 600 mil euros.
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By Impala News / Lusa
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