Trabalhadores não docentes em greve com expectativa de encerrar maioria das escolas

Trabalhadores não docentes em greve com expectativa de encerrar maioria das escolas

Os trabalhadores não docentes realizam hoje uma greve nacional por melhores condições, convocada pela Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais (FNSTFPS) que antecipa o encerramento da maioria das escolas.

A greve será marcada por uma manifestação em Lisboa, com a concentração agendada para as 14:30 junto à Basílica da Estrela, para uma marcha até ao edifício do Ministério da Educação, Ciência e Inovação, que funciona junto à Avenida 24 de Julho.

Os trabalhadores não docentes exigem a criação de carreiras especiais, aumentos salariais e melhores condições de trabalho.

Na quarta-feira, Artur Sequeira, dirigente do FNSTFPS, antecipou uma greve muito participada, que levará ao encerramento da maioria das escolas, mantendo-se abertas apenas uma minoria que não conseguirá garantir a segurança dos alunos.

A FNSTFPS também pede uma revisão da portaria de rácios que aumente o número de trabalhadores, defendendo que é preciso desenhar uma portaria que “não seja baseada em princípios economicistas mas sim em números reais para que a escola pública possa ser de qualidade”.

O fim da precariedade e um reverso no processo de municipalização são lutas dos trabalhadores, que lembram que “neste momento, a escola pública tem uma leitura de 297 municípios, em que cada um vê a escola à sua maneira”, além de as escolas estarem dependentes do orçamento das autarquias: “As que têm muito dinheiro podem fazer algumas coisas, mas depois há outras que não podem”, alertou.

Na sequência do processo de descentralização, os trabalhadores não docentes passaram a ser contratados pelas autarquias, mas o próprio ministro da educação já defendeu a necessidade de repensar a situação desses profissionais.

Numa carta enviada aos não docentes no início do ano letivo, Fernando Alexandre referia que o seu ministério iniciará trabalhos com a Associação Nacional de Municípios Portugueses e com representantes sindicais.

 

MCA (SIM) // CMP

By Impala News / Lusa

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