Trio de Mário Laginha abre I Festival de Jazz de Alcácer do Sal

Mário Laginha, Maria João e Salvador Sobral são alguns dos músicos que participam na primeira edição do Alcácer do Jazz, festival de jazz em Alcácer do Sal, que começa hoje.

Trio de Mário Laginha abre I Festival de Jazz de Alcácer do Sal

Produzido pela Associação Sons da Lusofonia, o festival abre com um concerto do Mário Laginha Trio, formado pelo pianista e por António Quintino (contrabaixo) e Alexandre Frazão (bateria), no Palco Rio Sado, localizado na praça Pedro Nunes, em Alcácer do Sal.

Sob a direção artística do saxofonista Carlos Martins, o Alcácer do Jazz prolonga-se até ao próximo dia 15, aplicando “a experiência de 19 anos de organização, curadoria e produção da Festa do Jazz” que acontece no Teatro S. Luiz, em Lisboa, mas “desenvolvendo este conceito” em Alcácer do Sal, concelho baixo-alentejano com cerca de 11.000 habitantes, como explica a organização.

O quinteto de Carlos Martins, que atua no sábado, dia 07, também no palco da praça Pedro Nunes, retoma o projeto “Sempre”, originalmente publicado em 1999, nos 25 anos do 25 de Abril, assente em composições de ‘cantautores’ como José Afonso, José Mário Branco, Sérgio Godinho e Fausto, entre outros, com arranjos maioritariamente assinados pelo saxofonista.

O título remetia então para o 25 de Abril, mas, sobretudo, procurava sublinhar que é para “Sempre” a luta pela liberdade. Além do saxofone de Carlos Martins, o quinteto conta com o piano de João Paulo Esteves da Silva, o contrabaixo de Carlos Barretto, a guitarra elétrica de Mário Delgado e a bateria de Alexandre Frazão. A gravação original contou com o piano de Bernardo Sassetti.

No domingo, dia 08, Marta Hugon protagoniza o único espetáculo do festival na Comporta, no palco da rua das Amoreiras. No próximo dia 10, terça-feira, na varanda da Biblioteca Municipal, é promovido o encontro “Música e Cultura Mediterrânea”, cujo tema é a influência árabe na região, com apoio na antologia “O Meu Coração é Árabe”, de poetas árabes traduzidos por Adalberto Alves.

A varanda da biblioteca, no dia seguinte, será ponto de encontro de “Matemática e Jazz”, com a matemática Carlota Simões, que vai explorar a relação da improvisação do jazz com a matemática. O quinteto da cantora Beatriz Nunes atua no dia 12, quinta-feira, no Palco Rio Sado da praça Pedro Nunes, em Alcácer.

De hoje a uma semana, dia 13, o mesmo palco acolhe outra voz, a de Maria João, que apresenta o projeto “Ogre Elétrico”. Maria João é acompanhada por João Farinha (‘fender rhpdes’ e sintetizadores), André Nascimento (‘ladtop’), Júlio Resende (piano) e Joel Silva (bateria).

Salvador Sobral atua no dia seguinte, na praça Pedro Nunes, com base no seu mais recente álbum, “BPM”, saído em maio último. Na ocasião, em declarações à Lusa, o músico apontou-o como “o mais consistente” da sua “pequenina carreira'”.

“BPM” é constituído por 13 canções, uma em espanhol e duas em inglês, todas com autoria de Salvador Sobral e música de Leo Aldrey, com exceção de “Fui Ver Meu Amor”, com letra de Luísa Sobral, e “Só Eu Sei”, uma letra da atriz belga Jenna Thiam.

No domingo atua o Barradas-Toscano-Pereira Trio

No domingo, 15 de agosto, atua o Barradas-Toscano-Pereira Trio. Este combo é formado por João Barradas (acordeão), Ricardo Toscano (saxofone) e João Pereira (bateria), que junta agora o Palco Rio Sado a outros recentes onde atuou, como o do Festival de Jazz do Funchal.

O último dia do festival conta ainda com um segundo concerto, de encerramento, no mesmo local, dedicado ao projeto “Jazz nas Filarmónicas”, com músicos da Sociedade Filarmónica Amizade Visconde de Alcácer, conhecida como “Calceteira”, e da Sociedade Filarmónica Progresso Matos Galamba, “Pazoa”, e ainda com o José Soares Trio, formado por José Soares, na guitarra, Gonçalo Leonardo, no contrabaixo, e Bruno Pedroso, na bateria.

O presidente da Câmara de Alcácer do Sal, Vítor Proença, disse à Lusa que o festival está integrado numa candidatura da “Programação Cultura em Rede”, que “financia o festival em 85% a fundo perdido”, estando “o custo total estimado em 100 mil euros”.

“É um festival inédito no Vale do Sado, com espetáculos a realizar entre Alcácer e a Comporta, num período que atrai milhares de pessoas à nossa região”, afirmou. “Hoje em dia, Alcácer e Comporta estão em alta na procura turística e ambicionamos muito mais. Por isso este Festival”, justificou o autarca.

Todos os concertos têm início às 21:00, exceto no último dia, com o trio Barradas-Toscano-Pereira a atuar às 20:00, e o projeto “Jazz nas Filarmónicas”, às 21:30. O início dos encontros na varanda da Biblioteca Municipal está marcado sempre para as 19:00.

 

 

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