Ucrânia: Bombardeamento russo destrói hospital infantil em Mariupol [vídeos]
O presidente da Ucrânia denunciou nesta quarta-feira ataque à maternidade de um hospital em Mariupol. “Pare com os assassinatos! Você tem poder, mas parece estar a perder a humanidade”, pediu a Putin.
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, criticou nesta quarta-feira, 9 de março, o bombardeamento russo de um hospital em Mariupol, afirmando que crianças estavam entre as pessoas presas sob os escombros. “Ataque direto de tropas russas na maternidade. Várias pessoas e muitas crianças estão sob os destroços. Atrocidade!”
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A filmagem, feita no interior do hospital, mostra salas destruídas e corredores cobertos de detritos. “Por quanto tempo mais o mundo será cúmplice, ignorando este terror? Fechem o espaço aéreo já! Pare com os assassinatos! Você tem poder, mas parece estar a perder a humanidade”, pede Zelensky a Putin.
As autoridades locais disseram que estão a tentar determinar quantas pessoas tinham sido mortas ou feridas neste ataque. A Câmara Municipal de Mariupol, cidade portuária Ucrânia sitiada pelas tropas russas há vários dias, comunicou através das redes sociais que os danos foram “colossais”. As autoridades anunciaram um novo cessar-fogo para hoje de manhã para permitir que milhares de civis abandonem a capital, Kiev, cidades do sul como Mariupol, Enerhodar e Volnovakha, Izyum no leste e Sumy no nordeste.
Tentativas anteriores de estabelecer corredores humanitários seguros falharam, com as partes no conflito a acusarem-se mutuamente de não respeitar as regras. A Rússia lançou na madrugada de 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que causou já a fuga de mais de 2,1 milhões de pessoas para os países vizinhos — o êxodo mais rápido na Europa desde a Segunda Guerra Mundial, de acordo com os mais recentes dados da ONU.
A invasão russa foi condenada pela quase generalidade da comunidade internacional e muitos países e organizações impuseram sanções à Rússia. A guerra na Ucrânia provocou um número ainda por determinar de mortos e feridos, que poderá ser da ordem dos milhares, segundo várias fontes. Embora admitindo que “os números reais são consideravelmente mais elevados”, a ONU confirmou hoje a morte de pelo menos 516 civis até terça-feira, incluindo 41 crianças.
Luís Martins
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