ÚLTIMA HORA | 22 anos de prisão para homem que matou ex-companheira na Golegã

O casal viveu na mesma casa, com os três filhos da mulher, entre 2012 e 2014, altura em que começaram a viver separadamente. No entanto, continuaram a ver-se.

ÚLTIMA HORA | 22 anos de prisão para homem que matou ex-companheira na Golegã

Rui Vieira, de 63 anos, foi esta terça-feira condenado a 22 anos de prisão pela morte da ex-companheira Ana Maria, de 53 anos. Em fevereiro deste ano, esperou por ela e por um amigo desta no parque de estacionamento da danceteria São Martinho, na Golegã e matou-a a tiro de caçadeira.

O homem, com 63 anos, foi condenado a 19 anos de prisão por um crime de homicídio qualificado na forma agravada, a três anos pelo crime de violência doméstica, a nove anos pelo crime de homicídio simples na forma tentada e a dois anos por detenção de arma proibida, dando o cúmulo jurídico uma pena única de 22 anos.

Foi ainda condenado a pagar uma indemnização de 150.500 euros aos três filhos da vítima e ainda a pagar os custos da hospitalização do homem que feriu, o qual não quis apresentar pedido de indemnização.

“Nunca tive a intenção de matar aquela que foi a mulher da minha vida”, disse perante o coletivo de juízes do Tribunal de Santarém. Rui, que já perseguia a mulher há vários meses, disse ainda que os dois tiros eram direcionados ao homem que acompanhava Ana Maria na noite de 17 de fevereiro,  e que ele acreditava ser um novo namorado.

O casal viveu na mesma casa, com os três filhos da mulher, entre 2012 e 2014, altura em que começaram a viver separadamente. No entanto, continuaram a ver-se.

Em agosto de 2018, Ana da Silva tentou colocar um ponto final na relação,mas Rui nunca aceitou o término do namoro.

À data, o nosso site falou com uma amiga de Ana Maria que relatou que esta até já tinha feito queixa do homem que a viria a assassinar.

Quando foi morta, Ana Maria tinha terminado a relação há cerca de dois anos.

O homicida não aceitou o fim da relação e insistia numa reconciliação. Nos últimos meses, passou para as ameaças. «A Ana dizia que ele nunca tinha aceitado o fim da relação, que andava sempre de volta dela a mandar SMS e algumas com ameaças», conta-nos Susana Maria, colega de trabalho da vítima. «Ainda na sexta-feira [ dia 16, um dia antes da fatídica noite], me disse que ele a encontrou no supermercado e fez um enorme escândalo. A sorte foi que um dos filhos se apercebeu e o mandou embora».

Ana Maria confessou à amiga já ter feito queixa do ex-companheiro às autoridades. Fê-lo cerca de cinco meses antes de morrer, na GNR da Chamusca. No posto, mostrou as mensagens com ameaças que vinha a receber. Ana Maria era natural da Chamusca, embora vivesse em Torres Novas desde o final de 2018. Os vizinhos acreditam que mudou de morada para fugir às investidas do ex namorado.

 

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