Universidade de Coimbra lidera dois projetos que a Europa apoia com 6 ME
Dois projetos de investigação liderados pela Universidade de Coimbra foram contemplados com financiamentos da União Europeia que ascendem a seis milhões de euros, anunciou hoje a instituição.
Os trabalhos são apoiados pelo programa Horizonte Europa, no âmbito do Cluster 2 — Cultura, Criatividade e Sociedade Inclusiva, área em que a UC se destaca, sendo “a instituição nacional com mais projetos aprovados, liderando dois e participando em outros dois projetos financiados”, informou a reitoria em comunicado.
A mais antiga universidade portuguesa vai liderar o projeto “Confidently Changing Colonial Heritage” (CONCILIARE), coordenado pela Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação (FPCEUC), financiado com mais de 2,7 milhões de euros, e o “Creating an Inclusive European Citizens’ Assembly” (EU-CIEMBLY), orientado pelo Instituto Jurídico (IJ) da Faculdade de Direito (FDUC), este apoiado com cerca de três milhões de euros.
O CONCILIARE vai “estudar as representações e reações de cidadãos europeus às mudanças no património cultural colonial em quatro domínios diferentes: manuais escolares, espaços públicos — como estátuas e nomes de ruas –, museus, tradições e bens culturais”, explicou o seu coordenador, Joaquim Pires Valentim.
“Na Europa, as mudanças no património cultural colonial têm estado associadas a tensões e conflitos nas relações entre grupos e a uma perceção de ameaça às representações da identidade europeia. Um conhecimento aprofundado sobre estes processos é fundamental para encontrar soluções nestes domínios, baseadas em evidência empírica”, acrescentou o docente da FPCEUC, citado na nota.
Quanto ao EU-CIEMBLY, vai ser desenvolvido “com o objetivo de introduzir novas formas de participação e de deliberação dos cidadãos na vida política da União Europeia (UE)”.
“Com este projeto, pretendemos proceder ao desenho de uma nova ferramenta de participação na UE, não apenas do ponto de vista teórico, mas colocando em marcha assembleias piloto que permitam formular recomendações jurídicas e políticas relevantes no domínio da participação dos cidadãos”, esclareceu a coordenadora do projeto, Dulce Lopes.
De acordo com esta investigadora do IJ e também docente da FDUC, o protótipo de assembleia em que o projeto aposta “terá características que permitam a transferência deste protótipo para os níveis nacional e local” dos estados-membros da UE.
“Estamos perante mais um excelente resultado da Universidade de Coimbra, reforçando o desempenho da nossa comunidade na captação de financiamento competitivo ao liderar dois ambiciosos projetos e participando em mais dois”, congratulou-se o reitor, Amílcar Falcão.
Um dos projetos em que a UC participa — “Recovering Past Stories for the Future: A Synergistic Approach to Textual and Oral Heritage of Small Communities” (RESTORY) — é liderado pela Universidade de Babe?-Bolyai de Cluj-Napoca (Roménia) e coordenado, em Coimbra, pela investigadora do Centro de História da Sociedade e da Cultura, Maria Amélia Campos.
“Emotional dynamics of protective policies in an age of insecurity” (PROTEMO) é o segundo projeto financiado pelo Horizonte Europa em que a UC colabora, este liderado pela Universitat Des Saarlandes (Alemanha) e coordenado na entidade de Coimbra pela docente Lisete Mónico, da FPCEUC.
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By Impala News / Lusa
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