Valentina «dificilmente sobreviveria» após agressões, diz médico legista
Dada a gravidade das lesões, mesmo que Valentina tivesse tido assistência médica, dificilmente teria sobrevivido, declarou em tribunal o médico responsável pela autópsia do corpo da menina.
O médico Carlos Durão – responsável pela autópsia do corpo da menina – explicou nesta quarta-feira, perante o coletivo de juízes do Tribunal de Leiria, que mesmo que Valentina tivesse sido assistida, “dificilmente sobreviveria” às agressões que lhe terão sido infligidas pelo pai.
“Devido à gravidade das lesões, nomeadamente à hemorragia cerebral, dificilmente teria sobrevivido. Ou ficaria em estado vegetativo“, disse Carlos Durão ao presidente do coletivo de juízes.
Sem elementos que lhe permitissem indicar a hora da morte da menina de Peniche, o perito disse que “a medicina não é uma ciência exata“. “A morte aconteceu algum tempo depois das agressões, mas não podemos precisar”.
Perante a insistência dos magistrados, Carlos Durão acrescentou que, para evitar a morte de Valentina e face às lesões que apresentava, teria de ter sido socorrida uma a duas horas depois. “Não posso precisar”, sublinhou.
Ministério Público pede pena máxima
Face ao testemunho do médico, a procuradora do Ministério Público (MP) manteve o pedido de condenação de Sandro e de Márcia Monteiro, madrasta de Valentina, a uma pena de 25 anos de prisão, cada um, pela coautoria do crime de homicídio e de profanação de cadáver.
“Resultou de forma evidente que o perito não soube indicar a hora da morte, mas esclareceu que se a menor tivesse tido assistência, hora a hora e meia depois, a sua morte podia ter sido evitada“, observou a procuradora.
A leitura do acórdão ficou marcada para as 14h00 do dia 21 de abril, na Batalha.
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