Velório de Jô Caneças (fotos)

Familiares e amigos de Jô Caneças reuniram-se na noite desta segunda-feira, 4 de março, na Basílica da Estrela para o último adeus.

O velório de Jô Caneças aconteceu na noite desta segunda-feira, dia 4 de março, na Basílica da Estrela, em Lisboa. Familiares e amigos da socialite reuniram-se para prestar a sua última homenagem. Álvaro Caneças, marido de Jô Caneças, era o rosto da dor.

Jô Caneças morreu aos 66 anos, após três anos de luta contra um cancro, que começou no pâncreas e alastrou-se a vários órgãos. A mulher do empresário lutou até ao fim contra a doença e nunca perdeu a coragem. O funeral acontece esta terça-feira, dia 5, na Basílica da Estrela. A missa de corpo presente está marcada para as 14h00.

Jô Caneças | 1952 – 2019

Jô Caneças nasceu na Régua numa família de classe média. Com o nome Maria Goreti Guedes, cedo começou a ser apelidada carinhosamente por Jô.  A infância foi marcada pela morte da mãe. «Fiquei sem mãe muito cedo. Ela tinha 42 anos e eu ainda não tinha 14. Acarinhava-me muito. Sofri muito. Ninguém imagina… Senti-me sem chão, sem nada», contou, numa entrevista de vida que deu à revista VIP.

Depois da morte da progenitora, com um cancro no pâncreas, Jô deixou a terra natal e veio para Lisboa viver em casa de um familiar. Habituada a trabalhar a terra, arranjou o primeiro emprego. Os estudos foram feitos à noite, numa escola da Amadora. Tirou o curso de bordadeira e trabalhou na fábrica de malas de senhora Peixoto Soares. Viveu tempos difíceis:
«Costumo dizer que hoje meto as mãos nos bolso e toda a minha roupa tem moedas, mas nessa altura não. Lembro-me de passar numa pastelaria muito boa da Amadora e apetecer-me um café e um bolinho e ficar ‘com água na boca’ porque não tinha dinheiro. Para juntar algum dinheiro, abri a minha primeira conta com 50 escudos.», contou, em entrevista à mesma publicação.

Tinha 31 anos quando se apaixonou por Álvaro Caneças, ex-marido de Lili Caneças. Foi o empresário [na altura já divorciado] que deu o primeiro passo na relação. Casaram-se pouco tempo depois. «Eu tinha 31 anos, a minha vida organizadinha, mas tanto insistiu, que aceitei. No dia 1 de Dezembro de 1984 fomos jantar… ele chegava sempre a horas, abria-me a porta… arranjava sempre forma de me impressionar».

Construíram uma relação sólida desde esse dia. «Sempre tive tendência para homens mais velhos. Sempre pensei que um dia, se vivesse com alguém, tinha de ser com uma pessoa mais madura que eu. Achava que as pessoas mais velhas me davam respeito, personalidade e eu não via isso na juventude da minha idade», declarou. «O Álvaro é a minha família, o meu pilar, a minha vida», acrescentou. Quando Álvaro adoeceu, Jô Caneças esteve sempre ao seu lado. Anos depois, foi Álvaro o maior apoio da mulher, quando o cancro chegou.

Desde o primeiro dia que a doença, um cancro no pâncreas, não deu tréguas a Jô Caneças. Habituada a uma vida difícil, usou a coragem para enfrentar os momentos mais duros. «Enquanto tiver força vou continuar a lutar.»

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