Vírus | Governo português desaconselha “viagens não essenciais” à China
O Ministério dos Negócios Estrangeiros português desaconselhou “viagens não essenciais” à China, devido ao novo coronavírus, justificando o alerta pelos eventuais riscos de saúde.
O Ministério dos Negócios Estrangeiros português desaconselhou “viagens não essenciais” à China, devido ao novo coronavírus, justificando o alerta pelos eventuais riscos de saúde e pelas presentes limitações na circulação dentro do país. Referindo que as autoridades de saúde chinesas e a Organização Mundial da Saúde confirmaram a ocorrência de um grave surto de pneumonia, causada por um novo coronavírus (2019-nCoV.), com epicentro na cidade chinesa de Wuhan, o Governo português lançou o aviso para que se evitem, “neste momento, e até que a situação atual seja revista pelas autoridades chinesas, viagens não essenciais à China”.
“Não apenas pelos eventuais riscos de saúde, mas também pelas presentes limitações na circulação dentro do país”, apontou o Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE), no aviso publicado hoje no Portal das Comunidades Portuguesas, recomendando “atenção permanente ao constante evoluir da situação”, bem como às informações divulgadas nos portais da Direção-Geral da Saúde, do Centro Europeu de Prevenção e Controlo de Doenças (ECDC) e da Organização Mundial da Saúde.
Além disso, os viajantes devem efetuar o registo das suas viagens na aplicação Registo Viajante.
“Aos residentes, recomenda-se que, caso não o tenham ainda feito, procedam à sua inscrição consular ou à respetiva atualização junto do posto com jurisdição sobre a área de residência”, indicou o MNE.
O novo coronavírus foi detetado na cidade chinesa de Wuhan (centro) no final de 2019, e já provocou a morte de 56 pessoas na China.
Mais de duas mil pessoas foram dadas como infetadas, a maioria no território continental da China, mas há também casos confirmados em Macau, Hong Kong, Taiwan, Tailândia, Japão, Coreia do Sul, Estados Unidos, Singapura, Vietname, Nepal, Malásia, França, Austrália e Canadá.
Em Portugal, não se confirmou a infeção de um homem que apresentava suspeitas e que foi hospitalizado no sábado, em Lisboa, depois de ter regressado de Wuhan.
O ministro da Saúde chinês, Ma Xiaowei, alertou hoje que os infetados podem transmitir a doença durante o período de incubação, que demora entre um dia e duas semanas.
Durante aquele período, os infetados não revelam sintomas, o que anula o efeito das medidas de rastreio, como medição de temperatura nos aeroportos ou estações de comboio.
Os sintomas incluem febre, dor, mal-estar geral e dificuldades respiratórias.
Neste âmbito, o Governo chinês emitiu um comunicado aos operadores turísticos do país a requerer a suspensão de pacotes de viagens de grupo em toda a China.
Em Pequim, os locais turísticos, os recintos culturais e as salas de espetáculo foram encerradas preventivamente.
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