Auditoria forense ao Sporting aponta para graves falhas na gestão de BdC
A auditoria forense realizada pela Bakertilly às contas do Sporting durante a presidência de Bruno de Carvalho mostram graves falhas.
A auditoria forense realizada pela Barkertilly às contas do Sporting, durante a presidência de Bruno de Carvalho, mostram graves falhas. O jornal Record mostra, esta quarta-feira, parte dos documentos que analisam as contas no mandato de BdC. Foram vários os dados que suscitaram dúvidas aos auditores, entre eles a transferência de Marcos Acuña e Alan Ruiz ou o vencimento de Freddy Montero.
Milhão desaparecido
A auditoria forense apurou que, durante a presidência de Bruno de Carvalho, os gastos no departamento de scouting ascenderam os 3,426 milhões de euros. Desse valor, há 1 milhão desaparecido que não deixou qualquer rasto…
Mais de 20 milhões só para Jorge Jesus
A grande aposta de BdC foi feita em Jorge Jesus e na sua equipa técnica. Durante as 3 épocas que estiveram aos comandos do Sporting custaram aos cofres de Alvalade quase 25 milhões de euros. Só Jorge Jesus embolsou mais de 20 milhões de euros. Os adjuntos, Raul José e Miguel Quaresma tinham ordenados anuais inferiores a meio milhão.
Responsáveis tinham à disposição montante muito elevado
Os auditores da Barkertilly tiveram muitas dúvidas quanto a um montante muito elevado que estava à disposição dos responsáveis do clube de Alvalade. Por vezes, esse valor, chegou mesmo a ultrapassar 1 milhão de euros.
Transferência de Acuña e as cláusulas «não ativadas»
A transferência de Marcos Acuña também levantou algumas dúvidas, nomeadamente pelas cláusulas «não ativadas» no negócio entre o Sporting e o Racing Avellaneda. Os documentos mostram que o jogador se transferiu para Alvalade a troco de 6,285 milhões de euros, mas o clube pagou 9,585 milhões de euros por mais dois contratos: 1,65 milhões por direito de preferência por 3 jogadores do clube argentino e mais 1,65 milhões para a realização de um jogo amigável.
Posto isto, o Sporting já pagou praticamente a totalidade do valor, exceptuando 1,65 milhões. Contudo, não exerceu as opções a que tinha direito. Após analise a estes dados, a Barkertilly mostra total desconhecimento sobre os motivos que levaram os Leões a não exercer os direitos pelos contratos.
Caso Alan Ruíz e direitos de imagem
Relativamente à transferência de Alan e Frederico Ruíz, a Barkertilly, considera que «não houve qualquer interesse» por parte da SAD no rendimento de Frederico, uma vez que este foi para Alvalade a pedido de Alan. Caso o acordo com Alan não se concretizasse – 1,75 milhões por ano na primeira época e 1,25 milhões na segunda -, Frederico também não seria Leão. Mas, se Frederico não aceitasse a proposta de 250 mil euros por ano, a vinda do seu irmão não estaria em causa. O negócio com o Colon acabou por ficar em 8 milhões devido ao pagamento de comissões e prémio de assinatura, estando inicialmente previsto o Sporting pagar 4,8 milhões.
O responsáveis pela auditoria chamam a atenção para o risco relativamente aos direitos de imagem de jogadores como Bryan Ruíz, Freddy Monteiro, Schelotto, Everton, Naldo, Héldon e Jonathan Silva, uma vez que foram «pagos por uma terceira entidade».
A dívida das claques
De acordo com o relatório da auditoria forense, a SAD do Sporting deu-se como credora das claques em 158 mil euros. O valor foi apurado depois da regularização dos saldos a receber pela sociedade.
Vencimento de Freddy Montero aumentado
O vencimento de Freddy Montero, nesta que foi a sua segunda passagem por Alvalade, entre janeiro de 2018 e junho de 2019 apontava para 2,9 milhões brutos. Entre os meses de fevereiro de junho de 2018, o jogador recebeu 1,2 milhões de euros, ou seja, o dobro da quantia que já havia auferido (633 mil euros) durante a sua primeira vez no Sporting.
Assim sendo, a Barkertilly ,aponta para o facto que não ter obtido «explicações suficientes» que justifiquem um aumento tão grande no segundo contrato do colombiano. A consultora sublinha ainda que o desempenho de Montero foi melhor no primeiro contrato «de acordo com alguns dados estatísticos».
Rescisões depois dos ataques a Alcohete
Depois dos ataques a Academia de Alcochete, foram vários os jogadores que quiseram rescindir contrato com o Sporting. A SAD leonina reclama 273 milhões de euros. No entanto, a consultora defende que «não é possível estimar com segurança o potencial valor da venda dos jogadores».
Embora não tenha sido provada a justa causa, há atletas que reclamam 4,7 milhões em indemnizações.
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