Banco central vê bancos moçambicanos sólidos apesar da exposição à dívida pública
O Banco de Moçambique afirma que setor bancário “mantém-se sólido, capitalizado e resiliente”, com um rácio de solvabilidade no primeiro trimestre muito acima do mínimo regulamentar, apesar dos riscos da exposição à dívida pública.
No relatório de Conjuntura Económica e Perspetivas de Inflação de maio, a que a Lusa teve hoje acesso, o banco central indica que no final de março o rácio de solvabilidade fixou-se em 25,1%, “acima do mínimo regulamentar de 12,0%, e o rácio de liquidez foi de 50,2%, igualmente acima do nível regulamentar de 25,0%”.
“O teste de esforço de solvência macroprudencial, que consiste na simulação de choques para avaliar a resiliência do setor bancário, mostrou que este setor tem reservas de capital suficientes para absorver potenciais perdas e manter-se sólido e capitalizado no médio prazo”, lê-se no relatório.
Acrescenta que o risco sistémico, que avalia o potencial efeito de contágio decorrente de perturbações no sistema bancário, “é moderado”, comportamento que “reflete a recuperação gradual da atividade económica, a estabilidade do metical e a recente evolução da inflação”.
Isto, alerta, “não obstante o aumento da exposição do setor bancário ao endividamento público”.
“Com efeito, a dívida pública interna, excluindo os contratos de mútuo e de locação e as responsabilidades em mora, situa-se em 361,8 mil milhões de meticais [5.215 milhões de euros], o que representa um aumento de 49,5 mil milhões [713,5 milhões de euros] em relação a dezembro de 2023”, lê-se.
De acordo com dados do banco central, funcionam em Moçambique 15 bancos comerciais e 12 microbancos, além de cooperativas de crédito e organizações de poupança e crédito, entre outras.
PVJ // SB
By Impala News / Lusa
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