Se já sabíamos que a digitalização das nossas rotinas era um processo em marcha, poucos esperávamos mudanças tão rápidas quanto aquelas a que assistimos na altura da pandemia. Subitamente, aspetos como teletrabalho, compras na Internet e aulas online tornaram-se rotineiras.

A maioria das empresas foi obrigada a adaptar-se rapidamente à nova realidade, implementando políticas de trabalho mais abertas, mas também procurando formas de responder à alteração de comportamentos e de necessidades dos consumidores.

Um estudo interessante da consultora Mckinsey indica que se alcançou em cerca de dois meses a evolução digital que se esperava para cinco anos. Face a esta perspetiva, é inegável que para muitas empresas a mudança foi súbita e abriu as portas a novas oportunidades. Vamos então olhar para alguns dos aspetos que mais mudaram nos últimos dois anos.

Teletrabalho e adoção de sistemas cloud

Uma das alterações que mais afetou a dinâmica das empresas foi seguramente o teletrabalho. Além das vantagens para os trabalhadores, também é necessário conhecer o lado das empresas. Como é que estas conseguiram garantir que existiam as condições necessárias para a realização do trabalho de forma remota?

Na maioria das vezes, a solução passou pela adoção de sistemas cloud, intuitivos, fáceis de aceder e sobretudo seguros. Diversas empresas nacionais de referência, passaram a oferecer serviços deste tipo, o que possibilitou uma transição mais célere para o trabalho remoto. Por exemplo, as principais operadoras de telecomunicação oferecem hoje serviços destinados a empresas, como as Soluções de Cloud NOS.

Outra empresa portuguesa, a Factorial desenvolveu um software de RH que facilita a realização de tarefas rotineiras e burocráticas, como picar o ponto, solicitar baixas médicas ou até assinar contratos. Tudo diretamente no smartphone.

O software da Factorial é hoje utilizado por mais de 60 mil empresas, o que demonstra que cada vez mais entidades estão a aderir ao trabalho remoto e a soluções de gestão inteligentes.

O crescimento do e-commerce

Outra área na qual a digitalização ganhou um enorme peso foi no comércio. Os portugueses compram cada vez mais online. De acordo com a “E-commerce Foundation”, dois em cada três portugueses fazem compras na Internet.

Como resultado da pandemia, até pessoas que antes estavam reticentes a optar por esta forma de compra, acabaram por se render ao lado prático e a todas a vantagens inerentes às compras online.

Para as lojas, o e-commerce representa a possibilidade de alcançarem consumidores que normalmente estariam fora do seu alcance, devido às barreiras geográficas. Significa também uma oportunidade de testar a venda de novos produtos, com um risco associado menor.

Maior perceção de como funciona a Internet

Finalmente, um último ponto relevante: devido ao processo de digitalização em curso, muitas empresas apostaram em desenvolver um maior nível de conhecimento sobre a Internet.

Hoje, são muitas as empresas que já apostam na sua própria equipa interna de gestão de redes sociais. Este é um lado do negócio que antes era visto como secundário, mas que agora é encarado como fundamental. Muitas vezes, é nas redes sociais que os consumidores têm um contacto mais próximo com as empresas, as quais precisam de garantir que transmitem as premissas corretas através deste canal.

Adicionalmente, a contratação de serviços profissionais com o objetivo de alcançar uma maior visibilidade online também se tornou mais comum. Muitas empresas portuguesas já não hesitam em contratar um consultor de SEO em Portugal por forma a conseguirem um melhor posicionamento nas redes sociais.

Também outras profissões como cientista de dados passaram a ter uma maior procura, já que as empresas passaram a estar cientes da importância de recolher e guardar informação.

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