Um britânico, infetado pelo novo coronavírus enquanto esteve a bordo no navio de cruzeiro Diamond Princess, morreu esta sexta-feira, anunciou o Ministério da Saúde do Japão. O primeiro cidadão britânico a perder a vida devido ao Covid-19 estava de quarentena no porto de Yokohama, perto de Tóquio. Cinco japoneses que estavam no navio de cruzeiro morreram devido ao novo coronavírus e mais de 700 apresentaram resultados positivos para o vírus.

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Peritos japoneses reconhecem falhas da quarentena no Diamond Princess

Autoridades e especialistas de saúde japoneses reconheceram esta semana que a quarentena decretada por causa do coronavírus Covid-19 no navio de cruzeiro Diamond Princess, ancorado há várias semanas num porto no Japão, não foi uma situação perfeita.

As autoridades argumentaram que as entidades de saúde japonesas tiveram de enfrentar a gestão de um difícil desafio, uma vez que a situação envolveu um navio gerido por entidades estrangeiras e exigiu negociações internacionais perante a ausência de regras estabelecidas para uma crise desta natureza.

“O navio não foi projetado para ser um hospital. O navio é um navio”, afirmou, em Tóquio, o ex-diretor regional da Organização Mundial de Saúde (OMS), Shigeru Omi, em declarações citadas pela agência norte-americana Associated Press (AP).

“É claro que o isolamento não foi o ideal como seria de esperar se ocorresse num hospital, portanto, na minha opinião, embora o isolamento tenha sido de alguma forma eficaz, como medida de larga escala não foi perfeito”, referiu o perito nipónico.

OMS eleva nível de risco para «muito elevado»

Dois portugueses tripulantes do Diamond Princess encontram-se hospitalizados no Japão, um dos quais com confirmação de infeção e o outro por indícios relacionados com o novo coronavírus.

No Reino Unido, entre os três novos casos positivos registados (19 no total), está uma pessoa do País de Gales, que foi infetada durante uma estadia na Itália, e duas outras pessoas na Inglaterra que contraíram o novo coronavírus no Irão, como foi confirmado esta sexta-feira pelo Ministério da Saúde britânico.

A Organização Mundial de Saúde elevou esta sexta-feira, 28 de fevereiro, o risco de ameaça do novo coronavírus para “muito elevado”. A decisão foi tomada após a disseminação do Covid-19 em 49 países, 10 na Europa. «Aumentámos agora a nossa avaliação do risco de propagação do Covid-19 e do risco de impacto para um nível global muito elevado», afirmou em conferência de imprensa Tedros Adhanom Ghebreyesus, o diretor-geral da OMS.

Em Portugal há “sete ou oito” casos à espera de resultados, revelou a Direção-Geral de Saúde no último comunicado, ressalvando que nas últimas horas a Saúde 24 recebeu centenas de chamadas relacionadas com o coronavírus.

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