Tailândia | Crianças resgatadas da gruta falam pela primeira vez: «Foi um milagre»

Momentos após terem alta hospitalar, as crianças regatadas falam com jornalistas em conferência de imprensa

Tailândia | Crianças resgatadas da gruta falam pela primeira vez: «Foi um milagre»

As 12 crianças tailandesas que ficaram presas na gruta vão falar pela primeira numa conferência de imprensa marcada para o final da manhã desta quarta-feira, dia 18 de julho.

«Não acreditamos que alguém estava a chegar. Foi um milagre», recordou Dul, um dos rapazes que esteve preso, sobre o momento em que a primeira equopa de mergulhadores chegou ao local.

«Houve um dia em que estávamos sentados numa rocha, ouvimos pessoas a falar, o treinador disse para nos levantarmos e depois vimos umas pessoas na água, o treinador disse para irmos em direção à luz, ouvimos mais vozes e percebemos que era a nossa ajuda. Agarrei na lanterna do mergulhador e apontei a lanterna para os outros rapazes. Era muito difícil de ver, eu cumprimentei os mergulhadores, disse olá e quando eles saíram da água ficámos todos muito surpreendidos. Pensei que era um milagre… Não sabia o que lhes devia dizer. Ficamos muito contentes com o facto dos mergulhadores nos encontrarem», explicou outro dos rapazes.

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Os jovens, que estiveram internados numa unidade hospitalar durante cerca de uma semana, tiveram alta esta manhã. O encontro com os jornalistas já começou e os jovens e o treinador apareceram vestidos com as camisolas do clube, chamado Wild Boars (Javalis Selvagens).

Antes de mais, os menores jogaram um bocadinho à bola, demonstrando que já se encontram recuperados a nível de saúde. Depois, passou um vídeo de minutos sobre o tempo que passaram no hospital e agora, as crianças vão responder a várias perguntas da comunicação social. Para a conferência foram submetidas mais de 100 perguntas.

«Deixá-los regressar à vida normal sem que estejam constantemente a ser alvo da atenção dos media»

«Trata-se de deixar os meios de comunicação social colocarem questões e depois deixá-los regressar à vida normal sem que estejam constantemente a ser alvo da atenção dos media», explicou porta-voz do governo tailandês, Sunsern Kawkumnerd à France Presse.

Os psiquiatras que acompanham as crianças e o treinador pediram para ter acesso às perguntas dos jornalistas para afastarem aspetos que podem ser traumáticos para os elementos do grupo.

De acordo com os especialistas recordar o sofrimento a que estiveram sujeitos pode ser prejudicial para as crianças.

Por outro lado, o general Prayut Chan-O-Cha, chefe da Junta Militar no poder na Tailândia após o golpe de Estado de 2014 avisou os jornalistas sobre a «tentação de colocarem perguntas sem importância».

Os familiares das crianças também estão presentes.

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