Debandada geral. As grandes marcas estão todas a sair da Rússia
Apple, Volkswagen, BMW, Spotify, Ford, Volvo, Honda, IKEA, Nike, Disney, Galp e afins. Todas as grandes marcas estão a sair da Rússia por causa da invasão à Ucrânia.
Desde que começou a invasão russa à Ucrânia, há cerca de uma semana, que centenas de marcas globais anunciaram a saída ou a suspensão das atividades económicas na Rússia. Desde o sector tecnológico à moda, passando pelo cinema e pela aviação, muitas multinacionais abandonaram o mercado russo.
A Apple anunciou na terça-feira que iria deixar de vender os seus produtos na Rússia, assim como limitar certos serviços – como o Apple Pay. Também as empresas de software SAP e Oracle anunciaram o fim de todas as suas operações na Rússia, em solidariedade com o povo ucraniano, e disponibilizaram os seus escritórios na União Europeia para o acolhimento de refugiados. O Spotify também encerrou os escritórios naquele país.
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As fabricantes automóveis Volkswagen e BMW foram as primeiras marcas deste sector a suspender tanto a produção na Rússia como a exportação para o país. Seguiram-se as americanas Ford e General Motors (que detém marcas como a Chevrolet e a Cadillac), assim como a sueca Volvo e as japonesas Toyota, Mazda e Honda.
Também a petrolífera BP decidiu vender as ações que tinha na russa Rosneft após o “ato de agressão à Ucrânia”. A empresa britânica detinha 19,75% das ações da empresa, cerca de 22 mil milhões de euros. A Shell também decidiu terminar todas as operações que tinha na Rússia, incluindo o gasoduto Nordstream 2 e os projetos em parceria com a Gazprom. Na aviação, tanto a Boeing como a Airbus e a Embraer anunciaram a suspensão do apoio e manutenção às aeronaves das companhias russas, assim como a venda de peças de substituição.
Esta quinta-feira, 3 de março, o IKEA encerrou todas as lojas na Rússia e Bielorrússia, deixando assim cerca de 15 mil pessoas no desemprego. O mundo da moda também cortou relações com a Rússia. A Adidas suspendeu a sua parceria com a Federação Russa de Futebol, enquanto a Nike suspendeu todas as vendas para a Rússia. A H&M, por seu turno, encerrou todas as suas lojas na Rússia e suspendeu as vendas para o território.
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No mundo do cinema, a Disney, a Sony e a WarnerBros suspenderam o lançamento dos seus novos filmes nas salas de cinema do país. Também a Netflix anunciou que não iria cumprir a nova lei audiovisual russa, que obrigaria a marca a ter na sua plataforma perto de 20 canais públicos para poder operar. As processadoras de pagamentos Visa, Mastercard e Amex, em consonância com as sanções impostas pelo Ocidente, bloquearam várias entidades das suas redes. Por sua vez, o Fundo Governamental de Pensões da Noruega, o maior fundo soberano do mundo, decidiu terminar os investimentos em 47 empresas russas, assim como em títulos do governo russo.
Entre as marcas portuguesas destacam-se a Prio e a Galp, que deixaram de importar produtos petrolíferos russos em solidariedade com o povo ucraniano, e a Jerónimo Martins, que retirou das prateleiras dos seus supermercados na Polónia, com a marca Biedronka, todos os produtos russos e bielorrussos.
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