Deco Proteste engana o consumidor através de campanha polémica com figuras públicas
A petição é, segundo alguns cibernautas, «útil», no entanto, não tem nada de «inocente» e utilizadores estão a denunciar o caso.
Da DECO, Associação Portuguesa para a Defesa do Consumidor, espera-se que não hajam «enganos» e que o consumidor esteja defendido.
Por essa razão, uma campanha criada pela DECO Proteste em parceria com algumas figuras públicas está a causar alguma polémica. Isto porque ao clicarmos numa petição que defende o consumidor contra a cobrança de comissões por parte dos bancos, só é possível assinar caso se aceite as condições que o link nos pede.
Vanda Miranda é um desses casos que se associou à DECO Proteste e os comentários negativos são mais que muitos. Na sua página de Facebook, a locutora escreve um pequeno texto e deixa o link da petição.
«Sabem quanto é que pagamos, em média, ao banco pela manutenção da nossa conta à ordem? Mais de 60 euros por ano.
Sabem quanto é que desembolsamos em comissões para pagar as prestações do crédito à habitação ao banco? Cerca de 30 euros anuais.
Manter contas não é serviço. E processar pagamentos de prestações previstas em contratos também não. Por isso, a DECO PROTESTE lançou uma petição para exigir à Assembleia da República que esclareça se os bancos podem cobrar estas comissões. Mas para que isso aconteça, é necessário recolher o número suficiente de assinaturas. Eu já assinei e partilhei convosco. Que tal assinarem e partilharem também para que mais pessoas saibam que podem contestar aquilo com que não estão satisfeitas?
A petição assina-se aqui»
Leitor é «obrigado» a dar dados como o e-mail, nome, telefone e número de cartão cidadão.
O leitor que clica nesse mesmo link é levado para uma página de registo na DECO Proteste. Só pode assinar a petição quem é associado desse site, por isso esta petição «obriga» o leitor a registar-se implicando dar dados como o e-mail, nome, telefone e número de cartão cidadão.
O método cujo objetivo claro é ganhar mais registos de conta no site – quando o link se abre, uma das coisas que salta à vista é a frase «Já se registaram» com o número por baixo – está a indignar os leitores que se manifestaram nas redes sociais.
No site, pode-se ler quais os princípios desta associação:
«Defender os direitos e legítimos interesses dos consumidores, contribuir para resolver os seus problemas e ajudá-los a exercer os seus direitos fundamentais é a nossa missão.»
Um princípio que choca com a campanha que está a decorrer.
Comentários negativos sobre a campanha na publicação de Vanda Miranda
Cibernautas não escondem descontentamento e manisfestam-se com os seguintes comentários:
«Até assinava e concordo com o manifesto, mas acho que até a Proteste se está a aproveitar da situação. Para preencher esta petição tenho de partilhar dados pessoais como e-mail e Telemovel. Não faz sentido. Além de que para validar a petição tenho obrigatoriamente de aceitar publicidade da DECO. Onde está o serviço público?»
«O link é apenas para subscrever a proteste! Não é para qualquer petição… Da forma como a Vanda apresenta não é essa a ideia que dá. Altamente questionável do ponto de vista legal…»
«Assinava e partilhava de bom grado, se primeiro não tivesse de me registar na Deco!»
«A deco quer é cliente, quer lá saber dos vossos direitos.»
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