Defesa de Bruno de Carvalho põe em causa versão de responsável pela segurança
Miguel Fonseca refere que versão de Ricardo Gonçalves não bate certo com a dos jogadores
A sessão desta segunda-feira, 9 de dezembro, do julgamento da invasão à Academia de Alcochete chegou ao fim após os testemunhos de Wendell Nascimento, Luís Maximiano e Jérémy Mathieu. À saída do tribunal, a defesa de Bruno de Carvalho – que foi dispensado das sessões – mostrou-se satisfeito com os depoimentos e pôs em causa a versão de Ricardo Gonçalves, responsável pela segurança da Academia à data.
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«Tenho uma testemunha que é paga para ser responsável por segurança Ricardo Gonçalves], que me diz, sob juramento, que está num determinado sítio, quando acontece um determinado evento, se as outras testemunhas que estiveram lá, não o viram… Objetivamente, as duas versões não podem ser verdade», refere aos jornalistas.
As três testemunhas afirmara não ter visto Ricardo Gonçalves no balneário na altura do ataque, ao contrário do que o responsável pela segurança tinha dito. Questionado sobre se poderá ser «falta de memória» dos jogadores devido à tensão do momento, o advogado refere:
«Todos da mesma coisa? É óbvio que a memória está sempre a pregar-nos rasteiras, mas todas sobre a mesma coisa? Não há imagens de Ricardo Gonçalves no balneário, por isso é que foram pedidas reconstituições. Não podem estar todos a falar a verdade. Há um que tem uma versão e depois os outros têm outra.»
Questionado sobre quando Bruno de Carvalho prestará declarações, a defesa diz que «quando assim entender que é útil e necessário».
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A reunião de dia 14 de maio entre membros da equipa técnica e os jogadores foi um dos momentos mais falados durante a sessão de hoje. Nesse ponto, os testemunhos dos jogadores deixaram algo bem claro para o advogado. «O que todos referem na parte que me interessa é que aquilo foi como uma reunião de família. Olhavam para o Bruno de Carvalho como uma figura paternal. Foi o que eles transmitiram a falar hoje», termina.
Texto: Sílvia Abreu
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