Alerta | Serviços de pagamentos eletrónicos têm novas regras a partir de hoje
As regras dos serviços de pagamento eletrónicos que entram hoje em vigor permitem a entrada de novos operadores que podem pôr em causa parte significativa do negócio dos bancos.
As regras dos serviços de pagamento eletrónicos que entram hoje em vigor permitem a entrada de novos operadores que podem pôr em causa parte significativa do negócio dos bancos. O Banco de Portugal disse que há já quatro pedidos de empresas que querem operar nestes novos serviços. Em causa estão serviços de informação sobre contas de clientes bancários e serviços de iniciação de pagamentos.
LEIA MAIS
Eunice Muñoz despediu-se da filha rodeada de familiares e amigos
Serviços de iniciação de pagamentos permitem aos clientes pagarem a comerciantes
Os serviços de informação sobre contas permitem a agregação de informação financeira dos clientes bancários. Para isso, os clientes têm de dar autorização para os bancos com que trabalham darem as suas informações a uma entidade terceira. Já os serviços de iniciação de pagamentos permitem aos clientes pagarem a comerciantes. Para isso, o operador acede à conta do cliente num banco e executa o pagamento, mediante o consentimento prévio do cliente.
Os serviços de pagamentos são dos principais negócios dos bancos e dos mais lucrativos, pelo que a entrada em vigor desta legislação significará uma grande alteração para o sistema bancário tradicional. A consultora Roland Berger considerou, num estudo divulgado em janeiro de 2017, que a nova diretiva de pagamentos significará uma mudança “radical” e uma “ameaça” ao negócio dos bancos, estimando um impacto de 25% a 40% nas receitas da banca europeia.
Reforço de segurança
No início do mês, a Federação Europeia de Bancos afirmou, em Bruxelas, que as instituições bancárias portuguesas “não devem temer a concorrência” de companhias tecnológicas financeiras como a Revolut ou a Paypal, mas também prestar este tipo de serviços. As novas regras que hoje entram em vigor implicam ainda medidas para reforço da segurança nos pagamentos eletrónicos.
As novas regras implicarão o desaparecimento gradual dos cartões matriz utilizados por algumas instituições como forma de autenticação dos seus clientes e também da leitura magnética em cartões de ‘chip’.
O habitual meio de pagamento com o número do cartão impresso, data de validade e código CVV/CVC também terá os dias contados e no curto prazo deixará de ser aceite, pelo menos entre os comerciantes sediados em países da União Europeia (UE).
Em Portugal, a transposição da diretiva comunitária (DSP2) terá como efeito imediato que as cadernetas de banda magnética, até agora bastante utilizadas pela Caixa Geral de Depósitos, Montepio e Crédito Agrícola, sobretudo entre a população mais idosa, deixem de poder ser utilizadas para levantar dinheiro e fazer transferências por se considerar que a sua segurança não é suficientemente forte(podem continuar a ser usadas apenas para consulta do saldo e dos movimentos da conta bancária).
LEIA MAIS
Greta Thunberg manifesta-se frente à Casa Branca para exigir ação contra alterações climáticas
Previsão do tempo para sábado, 14 de setembro
Siga a Impala no Instagram