Bancos têm de poupar para não voltarem a “momentos de aflição”
O governador do Banco de Portugal disse hoje, no parlamento, que os bancos portugueses têm de aproveitar os lucros que têm tido para criarem almofadas para o futuro e não voltarem a viver “momentos de aflição”.
“O que fazer com todos estes lucros? Os bancos têm de criar almofadas porque estes resultados são transitórios, temporários, não vão permanecer, o ciclo de taxas de juro vai continuar a evoluir, os juros vão baixar, se a inflação nos ajudar, e a situação financeira dos bancos vai-se alterar”, disse Mário Centeno na Comissão de Orçamento e Finanças.
o ex-ministro das Finanças (Governo PS de António Costa) afirmou que é preciso que os bancos poupem agora para “não voltar a viver momentos de aflição” como na história recente do sistema bancário.
Os cinco maiores bancos portugueses (Caixa Geral de Depósitos, BCP, BPI, Novo Banco e Santander Totta) registaram lucros agregados de 4.444 milhões de euros em 2023, mais 72,5% face a 2022, impulsionados pela margem financeira, que cresceu 67,8% no período, para 9.274 milhões de euros. Parte destes lucros serão pagos aos acionistas em dividendos.
O banco público Caixa Geral de Depósitos pagou ao Estado um dividendo de 525 milhões de euros referente ao exercício de 2023 e disse que tem vontade de pagar mais 300 milhões de euros em dividendos.
O BCP vai pagar 257 milhões de euros em dividendos e o BPI 517 milhões de euros.
Do Santander Totta ainda não se conhecem os dividendos a distribuir e o Novo Banco não pode pagar dividendos.
IM // MSF
By Impala News / Lusa
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