Cancelamento de mais de 2.000 voos custou 25 milhões de euros à Ryanair
O presidente executivo da Ryanair, Michael O’Leary, informou hoje que o cancelamento de mais de 2.000 voos nas próximas seis semanas custou à transportadora cerca de 25 milhões de euros.
O presidente executivo da Ryanair, Michael O’Leary, informou hoje que o cancelamento de mais de 2.000 voos nas próximas seis semanas custou à transportadora cerca de 25 milhões de euros.
O’Leary, que falava hoje no início da assembleia-geral da empresa em Dublin, advertiu que poderá obrigar os pilotos da Ryanair a suspender as férias para aliviar a pressão sobre o trabalho e voltou a pedir desculpas aos mais de 300.000 passageiros atingidos pela suspensão de cerca de 2% dos voos.
Michael O’Leary também reconheceu que os cancelamentos são fruto de um “fracasso significativo da direção” da transportadora quando marcou as férias dos pilotos. Um amplo grupo de pilotos recusou um plano apresentado pela companhia aérea sediada em Dublin, no qual esta oferecia até 12.000 euros em troca do cancelamento da quarta semana de férias anuais e regresso ao trabalho.
A recusa dos pilotos foi acompanhada por uma série de pedidos para melhorar as suas relações contratuais com a transportadora. Muitos pilotos da Ryanair estão empregados como trabalhadores autónomos e os salários destes são mais baixos do que os da concorrência.
Sobre este assunto, O’Leary assegurou que as condições destes contratos permitem à empresa anular a última semana das quatro que os pilotos têm por ano, se bem que essa semana seria devolvida em janeiro, explicou o CEO (Chief Executive Officer) da Ryanair.
Ao ser questionado sobre a posição de alguns pilotos e a possibilidade que estes convoquem uma greve, o CEO afirmou:
“Não sei como vão organizar uma greve. Não há sindicato (na Ryanair)”. O’Leary revelou que a direção da Ryanair poderia oferecer “determinadas concessões” aos pilotos para abordar alguns dos pedidos apresentados, mas advertiu que “se se portarem mal, no fim não haverá presentes”.
O responsável considerou que alguns pilotos “gostam demasiado de si mesmos” e “pensam que são tremendamente importantes”.
O seu trabalho (dos pilotos) é “altamente qualificado”, reconheceu O’Leary, mas pedindo aos pilotos para “explicarem as dificuldades” ou se têm “excesso de trabalho”.
Segundo O’Leary, parte do mal-estar dos pilotos é instigado pelos sindicatos das transportadoras rivais. Neste sentido, a Associação de Pilotos Irlandeses (Ialpa) confirmou que 140 pilotos da Ryanair abandonaram a companhia para entrar na rival norueguesa Norwegian Air, que prevê ampliar as suas operações na capital irlandesa.
De momento, a Ryanair indicou que a “totalidade dos 315.000 passageiros afetados” pelos cancelamentos receberam “correios eletrónicos” para alertar sobre “as mudanças nos seus voos” e a oferecer-lhes rotas “alternativas, reembolsos e informação” sobre os seus direitos sob a legislação comunitária.
“Esperamos ter a grande maioria destes pedidos completos no final desta semana”, sublinhou na quarta-feira a Ryanair num comunicado.
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