Compra de Novo Banco pela CGD teria de ser avaliada pela Concorrência

O ex-governador do Banco de Portugal Carlos Costa defendeu hoje que a eventual entrada da Caixa Geral de Depósitos (CGD) no capital do Novo Banco terá de ser avaliada pela Autoridade da Concorrência (AdC).

Compra de Novo Banco pela CGD teria de ser avaliada pela Concorrência

Na audição na Comissão de Orçamento, Finanças e Administração Pública, no âmbito de um requerimento apresentado pelo PS, o ex-governador foi questionado sobre a possível compra de uma participação no Novo Banco pela CGD.

“A entrada da CGD é uma questão de natureza empresarial, essa matéria obviamente que implica questões que a AdC terá que avaliar”, afirmou, defendendo ainda que só é possível uma “união monetária estável se conseguirmos uma partilha de risco a nível europeu”.

Carlos Costa salientou ainda que a CGD é “uma entidade que deve ser gerida por um acionista que siga os seus interesses, mesmo que seja público, e em função dos interesses olha para o Novo Banco”.

O ex-governador apontou que pode ter outras considerações enquanto economista, mas nesta audição apenas se pronuncia enquanto “pessoa que aceita que o mercado se organiza desta forma”.

O Estado detém direta e indiretamente 25% do capital do Novo Banco: o Fundo de Resolução detém 13,54% e o Estado 11,46%, através da Direção-Geral do Tesouro e Finanças.

MES // JNM

By Impala News / Lusa

Impala Instagram


RELACIONADOS