Confiança dos consumidores desce em dezembro e clima económico volta a subir

O indicador de confiança dos consumidores diminuiu em dezembro, após ter aumentado ligeiramente em novembro, e o indicador de clima económico voltou a subir, mantendo-se num máximo desde março de 2019, anunciou hoje o Instituto Nacional de Estatística (INE).

Confiança dos consumidores desce em dezembro e clima económico volta a subir

Segundo os resultados dos “Inquéritos de Conjuntura às Empresas e aos Consumidores”, a diminuição do indicador de confiança dos consumidores “resultou do contributo negativo das perspetivas sobre a evolução futura da situação económica do país e da situação financeira do agregado familiar, assim como das opiniões sobre a evolução passada da situação financeira do agregado familiar”.

Em sentido contrário, as expectativas de evolução futura de realização de compras importantes por parte das famílias registaram um contributo ligeiramente positivo.

Já o indicador de clima económico, baseado em inquéritos às empresas, aumentou entre setembro e dezembro, atingindo um valor igual ao observado em março de 2019, com a confiança a aumentar na construção e obras públicas, nos serviços e no comércio, nos últimos dois meses, e a diminuir de forma moderada na indústria transformadora, nos últimos três meses.

No que se refere ao indicador de confiança dos consumidores, o saldo das expectativas sobre a evolução futura da situação económica do país diminuiu no último mês, depois do aumento registado em novembro.

Já o saldo das perspetivas relativas à evolução futura da situação financeira do agregado familiar diminuiu em novembro e dezembro, após os aumentos dos dois meses anteriores, de forma ténue em outubro, realçou o INE.

O saldo das opiniões sobre a evolução passada dos preços diminuiu nos dois últimos meses, após o aumento significativo observado em outubro e o saldo das perspetivas relativas à evolução futura dos preços aumentou significativamente em dezembro, após a diminuição do mês anterior e do aumento expressivo registado em outubro.

Na indústria transformadora, o indicador de confiança diminuiu nos últimos três meses, após ter aumentado em agosto e setembro, uma evolução que, segundo o INE, se deveu “ao contributo negativo das perspetivas de produção e das apreciações relativas aos ‘stocks’ de produtos acabados, tendo as opiniões sobre a evolução da procura global contribuído positivamente”.

Por seu turno, o indicador de confiança da construção e obras públicas aumentou entre outubro e dezembro, após ter diminuído em setembro, refletindo “o contributo positivo das duas componentes, apreciações sobre a carteira de encomendas e perspetivas de emprego”.

O indicador de confiança aumentou nas divisões de promoção imobiliária e de construção de edifícios, e de atividades especializadas de construção, tendo diminuído na divisão de engenharia civil.

Já no comércio, o indicador de confiança aumentou nos últimos dois meses, de forma ligeira em dezembro, em resultado do contributo positivo das perspetivas de atividade da empresa.

Em dezembro, o indicador de confiança aumentou no comércio a retalho e diminuiu no comércio por grosso.

Quanto aos serviços, viram o indicador de confiança aumentar entre setembro e dezembro, após ter diminuído em agosto.

A evolução do indicador resultou do contributo positivo de todas as componentes, perspetivas relativas à evolução da procura, apreciações sobre a atividade da empresa, e opiniões sobre a evolução da carteira de encomendas, mais expressivo no último caso.

Os períodos de recolha de informação pelo INE no âmbito deste inquérito decorreram entre 02 e 16 de dezembro no caso dos consumidores, com 1.306 respostas obtidas por entrevista telefónica, e entre 01 e 20 de dezembro no caso dos inquéritos às empresas.

MPE // EA

By Impala News / Lusa

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