Dormidas de turistas disparam em abril e 1 em cada 4 são em Lisboa
As dormidas de turistas aumentaram 510% em abril, para 946.800, face ao mesmo mês de 2020, mas diminuíram 84,2% comparadas com abril de 2019, tendo Lisboa absorvido um quarto das dormidas.
Os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), hoje divulgados, registam no setor do alojamento turístico 460,0 mil hóspedes e 946,8 mil dormidas em abril, correspondendo a subidas de 762,6% e 510,8%, respetivamente, relativamente ao mesmo mês de 2020, quando a atividade turística praticamente cessou devido à pandemia, quando em março tinha registado descidas de 59,6% e 67,1%, pela mesma ordem. As dormidas de residentes aumentaram 517% (-20,8% em março) e as de não residentes cresceram 496,5% (-86,7% no mês anterior), mas comparando com abril de 2019 registam-se decréscimos de 60,3% e 93,5%, respetivamente.
Os proveitos dos estabelecimentos de alojamento turístico atingiram 47,7 milhões de euros, dos quais 35,9 milhões de euros relativamente a aposento, correspondendo a subidas de 838% e 696,4%, respetivamente (-73,5% e -71,5% em março, pela mesma ordem), mas comparando com abril de 2019, os proveitos totais diminuíram 85,8% e os relativos a aposento decresceram 85,6%. No conjunto dos estabelecimentos de alojamento turístico, o rendimento médio por quarto disponível (RevPAR) situou-se em 10,8 euros em abril (7,4 euros em março), enquanto o rendimento médio por quarto ocupado (ADR) atingiu 61,9 euros em abril (51,0 euros em março), quando em abril de 2019 o RevPAR e o ADR foram 45,5 euros e 81,3 euros, respetivamente. A região de Lisboa concentrou 24,4% das dormidas em abril, seguindo-se o Norte (19,7%), o Centro (15,5%) e o Algarve (14,9%).
No conjunto dos primeiros quatro meses do ano, as regiões com menores diminuições no número de dormidas foram o Alentejo (-38,4%), Açores (-45,5%), Centro (-56,7%) e Norte (-63,6%), enquanto as restantes regiões registaram decréscimos superiores a 70%. Somando os primeiros quatro meses do ano, o INE registou uma diminuição de 70,1% das dormidas totais, resultante de quedas de 39% nos residentes e de 85,6% nos não residentes, tendo neste período os proveitos registado diminuições de 73,6% no total e 72,3% relativos a aposento. Nesses quatro meses do ano, as regiões que apresentaram menores diminuições no número de dormidas foram o Alentejo (-38,4%), Região Autónoma dos Açores (-45,5%), Centro (-56,7%) e Norte (-63,6%), enquanto as restantes regiões registaram decréscimos superiores a 70%.
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