Empresa de transportes públicos de Maputo anuncia recuperação de 23 autocarros
A Empresa Municipal de Transportes Públicos de Maputo (EMTPM) vai recuperar 23 autocarros para fazer face à crise de transportes na capital moçambicana, informou hoje fonte da instituição.
A Empresa Municipal de Transportes Públicos de Maputo (EMTPM) vai recuperar 23 autocarros para fazer face à crise de transportes na capital moçambicana, informou hoje fonte da instituição.
“A direção da empresa tem estado a envidar esforços para recuperar mais viaturas para o reforço da frota operacional”, disse o administrador da área das operações da empresa, Adelino Bucuana, citado pelo diário Notícias.
De acordo com a fonte, os 23 autocarros fazem parte de um total de 50 que estão avariados, num momento em que a crise de transporte nas cidades de Maputo e Matola tem gerado várias críticas.
Adelino Bucuana diz que a falta de fundos para a recuperação dos autocarros é o principal entrave da empresa neste momento, considerando, no entanto, que tudo será feito para que se ultrapasse a situação.
“Não temos dinheiro porque a tarifa praticada não cobre os custos de operação”, lamentou aquele responsável.
O administrador da EMTPM acredita, no entanto, que com a recente restruturação da empresa para reduzir custos, a situação vai melhorar significativamente.
“Restruturámos a empresa de modo a reduzir os custos e a redimensionar os fundos para áreas operacionais”, frisou.
A falta de transporte nas cidades de Maputo e Matola é um problema recorrente e o Governo anunciou que vai agravar as tarifas de sete meticais (um cêntimo de euro) para nove (12 cêntimos) e de nove para 12 meticais (16 cêntimos).
O preço do transporte nas cidades moçambicanas é uma questão sensível cujo aumento já foi motivo de confrontos entre populares e a polícia, em 2008 e 2010, que resultaram em mortes e destruição de propriedade.
Devido à falta de transportes, proprietários de viaturas de carga de caixa aberta envolveram-se no negócio, sendo os seus veículos conhecidos por “my love”, para descrever passageiros agarrados uns aos outros para evitarem quedas.
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