Encomendas digitais para empresas estrangeiras aumenta em Portugal

Segundo um estudo realizado pela Deloitte para a APED, os consumidores portugueses compram cada vez mais no meio online e parecem preferir as encomendas transfronteiriças, promovendo o aumento do consumo digital.

Encomendas digitais para empresas estrangeiras aumenta em Portugal

Ao longo dos últimos anos, tem-se notado uma alteração na malha do consumo nacional e na própria ação empreendedora digital no nosso país. Cada vez mais, os empreendedores nacionais parecem apostar em métodos de trabalho online, recorrendo a empresas como Oberlo para alojar sites de e-commerce online e desenvolver a atividade a par com um trabalho convencional (ou em seu lugar).

Acompanhando o empreendedorismo, o consumo online em Portugal também tem vindo a aumentar e os níveis de confiança dos consumidores nacionais no meio digital parece progressivamente estar a promover a migração das lojas físicas para estas lojas digitais.

Embora ambas as realidades estejam a alterar-se – o trabalho online e o consumo digital – a verdade é que estudos dão a indicação de que o consumidor online português prefere, ainda assim, comprar em lojas online estrangeiras.

Um novo estudo, realizado pela Deloitte para a Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição (APED) demonstrou que Portugal tem a maior taxa de encomendas online transfronteiriças.

Os países privilegiados por este consumo nacional parecem ser a China, Espanha e o Reino Unido, sendo estes os países que recebem um maior número de encomendas por parte dos consumidores nacionais.

Venha saber mais sobre o estudo que indica que as encomendas digitais para empresas estrangeiras aumenta em Portugal e também de que forma o consumo digital no país tem vindo a sofrer mutações.

Encomendas online transfronteiriças em Portugal

Encomendas digitais para empresas estrangeiras aumenta em Portugal
Portugal apresenta maior percentagem de encomendas digitais transfronteiriças na União Europeia

Um estudo solicitado pela Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição (APED) à Deloitte e apresentado, no passado mês de Fevereiro, em Lisboa, concluiu que, entre os países da União Europeia, Portugal é aquele que apresenta maior percentagem de encomendas digitais transfronteiriças. Segundo esta pesquisa, o país apresenta uma taxa de 85% neste tipo de encomenda.

Entre 2016 e 2018, o aumento nas compras online realizadas apenas em operadores chineses parece ter sofrido um aumento na ordem dos 13%, tendo evoluído dos 32% de 2016 para 45% em 2018.

O responsável da Deloitte, Pedro Miguel Silva referiu mesmo que a grande procura de operadores estrangeiros deve ser um alerta para os operadores nacionais ou sediados em Portugal, já que, apesar de o e-commerce nacional estar em crescimento, com um aumento no número de lojas online, o consumo nacional continua de olhos colocados nas lojas online de outros países, tais como a China ou o Reino Unido.

Este estudo referiu ainda, tendo por base os números de 2018, que pelo menos 75% dos portugueses acede à Internet. Este número, apesar de tudo, coloca os portugueses no quarto país da União Europeia que menos usa a Internet.

Ainda reforçada na pesquisa da Deloitte está a vincada preferência dos portugueses pela referência Multibanco para o pagamento das compras, o que apenas é viável em compras online nacionais. As opções estrangeiras de pagamento, nos restantes países comunitários são mais diversificadas, sendo os cartões de crédito, o MB Net, o MB Way e o Paypal os meios mais usados.

Embora num marcado crescimento, o e-commerce português parece, assim, ainda um mercado com espaço para evolução no país, sendo necessário combater os constrangimentos existentes. As dificuldades de teor legal e fiscal são apontados, aqui, como pontos que podem afetar o mercado, dificultando a sua competitividade face aos mercados internacionais. O quadro regulatório complexo, a iliteracia digital ainda prevalente e também as condições financeiras atuais poderão também ser responsáveis pela situação.

Um estudo dos CTT sobre o consumo online nacional

Um estudo de 2019 sobre o consumo online em Portugal foi realizado pelos Correios de Portugal (CTT). Esta entidade apresentou um relatório onde explana a evolução, entre 2017 e 2019, deste tipo de consumo em Portugal, concluindo que, atualmente, existem cerca de 10% mais lojas digitais no país.

Além disso, segundo o mesmo relatório, 46% dos portugueses afirma que realiza compras online com frequência, sendo que 40% afirma mesmo preferir esta forma de consumo.

Tal como o indicado pelo estudo da Deloitte, este relatório indica que os portugueses demonstram preferência pelas compras online em operadores estrangeiros, realizando as suas compras principalmente em lojas da China, do Reino Unido e de Espanha.

Os CTT são ainda responsáveis pela apresentação de outros dados sobre o consumo digital em Portugal. Segundo esta entidade, os consumidores digitais portugueses fazem compras online com bastante frequência, sendo que 92,1% destes consumidores fazem compras pelo menos uma vez por trimestre. ~

Estes consumidores digitais representam 40,4% da população acima dos 16 anos e gastam, em média, 39,7 euros por cada compra realizada. Anualmente, segundo os dados fornecidos por esta entidade, cada português realizará 13,8 compras online, adquirindo uma média de 3 produtos em cada uma destas transações.

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