Euribor cai a seis e a 12 meses para mínimos de mais de ano e meio
A taxa Euribor voltou hoje a subir a três meses e a descer, pela quarta sessão consecutiva, a seis e a 12 meses para novos mínimos desde 28 de março de 2023 e 15 de dezembro de 2022.
Com as alterações de hoje, a taxa Euribor a três meses, que avançou para 3,481%, continuou acima da taxa a seis meses (3,265%) e da taxa a 12 meses (2,929%). A taxa a seis meses, que passou em janeiro a ser a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável e que esteve acima de 4% entre 14 de setembro e 01 de dezembro de 2023, baixou hoje para 3,265%, um novo mínimo desde 28 de março de 2023 e menos 0,011 pontos, depois de ter atingido 4,143% em 18 de outubro do ano passado, um máximo desde novembro de 2008.
Dados do Banco de Portugal (BdP) referentes a julho apontam a Euribor a seis meses como a mais utilizada, representando 37,1% do ‘stock’ de empréstimos para a habitação própria permanente com taxa variável. Os mesmos dados indicam que a Euribor a 12 e a três meses representava 34,2% e 25,4%, respetivamente.
No prazo de 12 meses, a taxa, que esteve acima de 4% entre 16 de junho e 29 de novembro, também recuou hoje, para 2,929%, um novo mínimo desde 15 de dezembro de 2022 e menos 0,031 pontos, contra o máximo desde novembro de 2008, de 4,228%, registado em 29 de setembro de 2023. Em sentido contrário, a Euribor a três meses avançou hoje, ao ser fixada em 3,481%, mais 0,014 pontos, depois de ter subido para 4,002% em 19 de outubro de 2023, um máximo desde novembro de 2008.
Hoje, na sequência da reunião de política monetária, o Banco Central Europeu (BCE) deverá anunciar um corte de 25 pontos base das taxas de juro de referência. Em 18 de julho, o BCE manteve as taxas de juro diretoras e a presidente do BCE, Christine Lagarde, não esclareceu o que iria acontecer na reunião de hoje, ao afirmar que tudo dependeria dos dados que, entretanto, forem sendo conhecidos.
Na reunião anterior, em junho, o BCE tinha descido as taxas de juro diretoras em 25 pontos base, depois de as ter mantido no nível mais alto desde 2001 em cinco reuniões e de ter efetuado 10 aumentos desde 21 de julho de 2022. Os analistas antecipam que as taxas Euribor cheguem ao final do ano em torno de 3%.
A média da Euribor em agosto voltou a descer a três, a seis e a 12 meses, mas mais acentuadamente no prazo mais longo, tendo baixado 0,137 pontos para 3,548% a três meses (contra 3,685% em julho), 0,219 pontos para 3,425% a seis meses (contra 3,644%) e 0,360 pontos para 3,166% a 12 meses (contra 3,526%).
As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.
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