Frente Comum quer aumentos salariais de 4% e ameaça com protesto nacional
A Frente Comum da Administração Pública exigiu hoje aumentos salariais de 4% para 2018, com um mínimo de 60 euros para todos os trabalhadores, e anunciou uma ação de luta nacional, que poderá ser uma greve ou uma manifestação a realizar em outubro ou novembro.
A Frente Comum da Administração Pública exigiu hoje aumentos salariais de 4% para 2018, com um mínimo de 60 euros para todos os trabalhadores, e anunciou uma ação de luta nacional, que poderá ser uma greve ou uma manifestação a realizar em outubro ou novembro.
O anúncio foi feito aos jornalistas pela coordenadora da Frente Comum, Ana Avoila, em frente do Ministério das Finanças, onde a dirigente sindical entregou esta manhã uma resolução aprovada ontem na cimeira de sindicatos daquela estrutura da CGTP.
“Se o Governo não recuar nas suas intenções que têm sido publicamente anunciadas (…) naturalmente que os trabalhadores têm que lutar, não podem ficar parados e aceitar porque, a ser assim, é a continuação de políticas de austeridade na administração pública”, disse Ana Avoila.
Segundo a dirigente sindical, a decisão da Frente Comum sobre a data e a forma de luta a adotar será tomada dia 03 de outubro e o protesto decorrerá “na última quinzena de outubro ou na primeira de novembro e será uma manifestação nacional ou uma greve”.
A decisão, acrescentou Avoila, dependerá do resultado das negociações entre a estrutura sindical e o Governo, que estão a decorrer. A próxima ronda negocial está agendada para esta quinta-feira e em cima da mesa estão matérias como o descongelamento das carreiras na administração pública que, segundo o Governo, vai avançar no próximo ano, de forma gradual.
Ana Avoila reafirmou que a Frente Comum não cede nos aumentos dos salários, que estão congelados desde 2010, nem abdica de que o descongelamento das progressões na carreira abranja todos os trabalhadores.
Quanto ao aumento salarial de 4% exigido pela Frente Comum, Ana Avoila considerou o valor “razoável”, tendo em conta a perda de poder de compra nos últimos anos dos trabalhadores da administração pública, de 9%, segundo disse, e o aumento do custo de vida.
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