Galp rejeita intenção de manipulação dos preços
A Galp afirmou hoje que fez a operação sancionada pela autoridade de concorrência espanhola, com uma multa de 80.000 euros, “sem qualquer intenção de manipulação dos preços”, e está a avaliar as medidas a tomar.
“A Galp considera que a operação em causa foi realizada em condições normais de mercado, sem qualquer intenção de manipulação dos preços do gás natural”, declara a empresa portuguesa num comunicado à imprensa.
A Comissão Nacional dos Mercados e da Concorrência espanhola (CNMC) anunciou esta manhã que decidiu multar a Galp Gás Natural em 80.000 euros por a empresa ter cometido uma “infração grave” de “manipulação” do mercado organizado de gás.
De acordo com a autoridade da concorrência espanhola, a infração teve lugar em 17 de janeiro de 2017, com a Galp Gás Natural, “nos últimos segundos da negociação” do produto com entrega no dia seguinte, a comprar quantidades mínimas de gás que fixaram o preço para o dia seguinte.
Mais precisamente, a três segundos do fecho do mercado, a empresa comprou gás a um preço 7% mais caro do que aquele que havia vendido alguns minutos antes, com o objetivo de “fixar o preço último diário a um nível artificialmente alto”.
A Galp insiste que, assim como já fez saber junto da autoridade de concorrência espanhola, da operação “não decorreu qualquer benefício” para a empresa ou prejuízo para o mercado.
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De acordo com a empresa portuguesa presente em Espanha, a própria CNMC, durante a fase de instrução do processo, “reconheceu que o preço de referência diário do mercado de gás natural não foi afetado, pelo que não houve qualquer prejuízo para o mercado, nem a Galp obteve qualquer benefício económico”.
A Galp também considera que o valor da multa revela “o reduzido grau de gravidade” que o próprio regulador atribuiu a esta situação.
O montante da sanção prevista na lei, 100.000 euros, foi reduzido em 20% porque a Galp aceitou o seu pagamento de forma voluntária.
“A Galp encontra-se a avaliar as medidas que sejam adequadas tomar em relação a esta decisão”, refere a petrolífera.
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