Gautam Adani, o homem que perdeu 50 mil milhões de euros por causa de um relatório

Gautam Adani ocupava o posto de 3.º homem mais rico do mundo até há bem poucos dias. Um relatório atirou-o para fora do top 10.

Gautam Adani, o homem que perdeu 50 mil milhões de euros por causa de um relatório

Até há bem pouco tempo Gautam Adani era o homem mais rico da Ásia e o terceiro mais rico do mundo. Mas em 10 dias tudo mudou. A fortuna pessoal sofreu um rombo monumental e caiu qualquer coisa como 50 mil milhões de euros. Também o valor de mercado das empresas da Adani Group desceu perto de 100 mil milhões de euros. O magnata indiano é presidente do Adani Group, um dos maiores conglomerados da Índia que engloba investimentos que vão desde minas de carvão, aeroportos, portos e centros de dados. O grupo é detentor de uma participação de 74% do Aeroporto Internacional de Mumbai e controla outros seis aeroporto que juntos representam 25% de todo o tráfego aéreo do país.

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Mas o que se passou?

De acordo com um relatório feito pela consultora financeira Hindenburg Research, a Adani Group, de Gautam Adani, foi acusada de manter empresas de fachada em paraísos fiscais para lavar dinheiro. O relatório concluiu que as principais empresas de Adani têm “dívidas substanciais” e estão “sobrevalorizadas em cerca de 85%”, situação que deixa o conglomerado “numa situação financeira precária”. Esta entidade considera mesmo tratar-se do “maior golpe corporativo da história”. Dias depois, o primeiro grande impacto financeiro:  Adani cancelou uma oferta de ações da Adani Enterprises, uma das maiores operações bolsistas da Índia, na qual esperava angariar cerca de 2,25 mil milhões de euros, devido à investigação da Hindenburg Research.

A Hindenburg Research acusa ainda o Adani Group de ter usado transações de partes relacionadas não divulgadas e manipulação de lucros para “manter a aparência de sólida saúde financeira e credibilidade” das subsidiárias cotadas. O relatório indica que um “modelo de indulgência do governo com o grupo” de décadas deixou investidores, jornalistas, cidadãos e políticos relutantes em questionar a conduta do grupo “por medo de represálias”.  O grupo nega as acusações e diz que o relatório foi um ataque contra a própria Índia.

Foto: Reprodução YouTube

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