Governo são-tomense e consócio assinam contratos para exploração de petróleo

Governo são-tomense assinou com um consórcio constituído pela britânica BP e a norte-americana Kosmos Energy contratos de partilha de exploração petrolífera

Governo são-tomense e consócio assinam contratos para exploração de petróleo

O governo são-tomense assinou hoje com um consórcio constituído pela britânica BP (British Petroleum) e a norte-americana Kosmos Energy contratos de partilha de exploração petrolífera dos blocos 10 e 13 da Zona Económica Exclusiva (ZEE) do arquipélago.

De acordo com os contratos, o consórcio vai operar nestes dois blocos, onde o Estado são-tomense detém 15% de interesse participativo em cada um deles.

O bloco 10 da ZEE de São Tomé e Príncipe tem uma profundidade média de 2.500 metros e cobre uma área de 6.839,6 quilómetros quadrados, enquanto o bloco 13, é 500 metros mais profundo, cobrindo uma área de 6.776,9 quilómetros quadrados.

Os contratos foram assinados nas instalações da Agência Nacional de Petróleos são-tomense (ANP), que definiu 28 anos como período de vigência deste contrato. Os primeiros oito anos destinam-se a pesquisa e os restantes 20, para desenvolvimento e produção.

Os contratos de partilha de produção preveem que o consórcio formado pela BP e Kosmos Energy pagará um bónus de assinatura no valor de 10 milhões de dólares ao Estado são-tomense dentro dos próximos 30 dias.

Os documentos definem ainda que o consórcio “se compromete a desenvolver trabalhos de pesquisas sísmicas nos referidos blocos, obras e colaborar com o governo são-tomense, financiando projetos sociais e formação de quadros nacionais”.

O diretor-geral da ANP disse no ato que a sua instituição “adotou como orientação a promoção da ZEE de São Tomé e Príncipe em linha com a Estratégia Nacional para o setor do petróleo e gás que orienta no sentido de atrair empresas com reconhecidas capacidades técnicas e financeiras”.

“Há dois anos trouxemos a Kosmos e a Galp e hoje estamos em presença de BP, uma ‘super major’ na industria petrolífera mundial, o que demonstra o interesse das grandes companhias em São Tomé e Príncipe”, salientou Orlando Pontes.

Aquele responsável recordou que a Kosmos já opera em São Tomé e Príncipe desde 2015 e “ao longo destes anos, juntamente com a ANP desenvolve importante parceria”.

O primeiro leilão de blocos na ZEE são-tomense ocorreu em 2010 e nos últimos oito anos o governo são-tomense já assinou oito contratos de partilha de produção.

“Como resultado de uma promoção sistemática, já conseguimos atrair para a nossa zona económica exclusiva várias companhias, cada uma com a sua dinâmica. Isto demonstra que no contexto da industria petrolífera mundial a ZEE são-tomense é cada vez mais atrativa e promissora”, disse o diretor-geral da ANP.

“Estamos entusiasmados com a nossa presença em São Tomé e por explorar estes dois blocos, vamos mostrar a nossa capacidade na exploração de petróleo”, disse Jonathan Evans, da Kosmos.

“Nós temos fama e sucesso por encontrar petróleo e estamos prontos para termos uma boa relação de parceria com o governo de São Tomé”, afirmou, por seu lado, Jon Cappon, da BP.

Os contratos de partilha de produção dos blocos 10 e 13 foram assinados pelo vice-presidente da BP, Jon Cappon, pelo vice-presidente da Kosmos Energy para São Tomé, Jonathan Evans, e por Orlando Pontes, em nome da Agência Nacional de Petróleos.

 

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