Lexus LC 500h – A imponência silenciosa
Nunca como com este coupé a marca nipónica Lexus se distinguiu tanto das outras. Conheça a imponência silenciosa do LC 500h.
Nas veias da Lexus corre, antes de tudo o mais, o propósito de se distinguir face às outras marcas. No caso deste coupé, percebe-se que isso não lhe está apenas no sangue. Está-lhe no DNA. De facto, as instruções genéticas que coordenam o desenvolvimento e o funcionamento deste LC 500h resumem-se naquilo que poderia ser um slogan. Mas não é. É um título e é objetivo: imponência silenciosa.
O facto de o Lexus LC 500h ser imponente percebe-se à primeira. As linhas e as jantes de 21 polegadas contribuem muito para essa perceção feroz.
O silêncio do LC 500h deve-se àquele h. H de híbrido
A justificação para o silêncio – para quem o vê passar – chega só após o relance, naquele h. H de híbrido. Obviamente, este coupé internacionalmente premiado não é sempre silencioso.
O V6 de 3,5 litros a gasolina projeta a sua voz de 299 cavalos, claro que sim. Mas o sistema elétrico Lexus de 179 CV atenua muito o espalhafato que se esperaria do débito de um convencional motor daquela potência.
A transmissão ajuda. Estamos perante o sistema híbrido multifases de 10 velocidades, o primeiro no mundo com estas características. Tudo somado: um sonho na estrada.
LC 500h, a sinfonia estética
As linhas do LC 500h são felinas. Vincadas, esguias, com grelha frontal tridimensional feroz, traseira larga e jantes de 21 polegadas, as linhas do coupé mais fabuloso que ensaiámos nos últimos tempos apresentam ainda outros adjetivos religiosamente desenhados pelos mais de 4 mil designers, engenheiros e técnicos nipónicos.
Se o coupé de luxo Lexus nos atrai quando o vemos aproximar-se, apaixona-nos quando o vemos afastar-se. O perfil posterior do LC 500h alarga a partir do limite das portas e o hino estético deste Lexus prossegue com farolins LED salientes e escapes a ladearem o difusor inferior. Na versão Sport+, há mais uma nota a compor a sinfonia visual, o spoiler que se eleva aos 80km/h. A olho nu, o LC atrai qualquer voyeur. É música para os nossos olhos.
Hospitalidade futurista
Em tantas lágrimas de felicidade, para quem ama automóveis há uma de tristeza. O resto é perfeito. Lamenta-se – embora haja um eventual motivo de compreensão – que o touchpad subsista nos Lexus, ao invés de um touchscreen. Eventualmente, no caso deste coupé, a escolha pelo mouse tipo PC portátil colocado na consola central se deva à distância a que o condutor, sentado, fica do tablier… Talvez seja isso. Talvez…
A filosofia Lexus assenta, como é sabido, no espírito omotenashi; expressão cujo significado não é consensual nem entre os japoneses, mas que significa entretenimento, cortesia, hospitalidade… No fundo, a atitude de receber bem. Os instrumentos digitais são simples, intuitivos e requintados. Com um já habitual relógio analógico. Pormenores… Está claro que, mais até neste do que na restante gama, estar num Lexus não é comparável a qualquer outra experiência automóvel. Um Lexus é um Lexus em cada milímetro.
A experiência completa de hospitalidade
O LC 500h não é, portanto, pelo exposto e pelo que se descreve a seguir, o espelho da qualidade. É o seu superlativo (se ele existisse) e por isso é a tangência à perfeição (que, como sabemos, também não existe). A elevadíssima qualidade de construção, dos materiais de bordo e da sua disposição no habitáculo parecem ter sido pensados de forma obsessiva. A experiência sensorial que a Lexus tanto preza tem aqui o seu expoente. Ou seja, o espírito omotenashi da experiência completa de hospitalidade.
A pauta da sinfonia
A primeira transmissão Híbrida Multifases de 10 velocidades, a nível mundial, agiliza o motor V6 de 3,5 litros, a gasolina, com 24 válvulas DOHC, sistema VVT-i e bateria de iões de lítio de alta potência para um binário máximo de 348 Nm.
O LC ensaiado dispara dos 0-100 km/h em 5 segundos e tem consumo combinado ligeiramente abaixo dos 9 litros à centena de quilómetros percorridos. A marca anuncia 6,4, mas possivelmente só para quem prefere canções de embalar.
Texto: Luís Martins | WIN, Edição: Shauna Ashley
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