Lucros dos cinco maiores bancos subiram 19% para 3,9 mil ME até setembro

Os cinco maiores bancos a operar em Portugal tiveram um lucro agregado de 3.915,70 milhões de euros entre janeiro e setembro, um aumento de 19% face ao mesmo período de 2023, segundo contas da Lusa.

Lucros dos cinco maiores bancos subiram 19% para 3,9 mil ME até setembro

O banco público Caixa Geral de Depósitos (CGD), o último a apresentar contas, lidera os lucros com 1.369 milhões de euros nos primeiros nove meses deste ano (mais 39% em termos homólogos).

Os segundos maiores lucros pertencem ao Santander Totta, com 778,1 milhões de euros (uma subida de 25,2%).

Já os resultados líquidos do banco BCP ascendem a 714,1 milhões de euros (mais 9,7%) e os do BPI a 444,1 milhões de euros (mais 13,8%).

O Novo Banco é o único dos grandes bancos com uma quebra homóloga dos lucros (menos 4,4%, que o banco disse ter que ver com provisões para “processo de transformação”, sem dar mais explicações), mas ainda assim os resultados ascendem a 610,4 milhões de euros.

Os resultados líquidos destes bancos continuam a ser impulsionados pela margem financeira — a diferença entre os juros cobrados nos créditos e os juros pagos nos depósitos – ainda que com menos impacto do que em 2023 devido à redução gradual das taxas de juro.

Esta semana, na conferência Money Summit, presidentes dos principais bancos voltaram a recusar a ideia de que os bancos têm lucros excessivos, considerando que os lucros devem ser avaliados por ciclos longos (não no imediato) e dependem também dos capitais investidos.

O Banco de Portugal também tem dito que os lucros devem ser avaliados a longo prazo pois, considera o governador, Mário Centeno, que foi o ano de 2023 que permitiu reequilibrar na banca anos passados de prejuízos.

O regulador e supervisor bancário tem defendido ainda que os bancos devem usar a atual margem positiva para prevenir o futuro e recentemente anunciou que vai exigir aos bancos reforço das reservas de capital.

Os reguladores e supervisores bancários europeus têm vindo a alertar os bancos para usarem parte dos atuais lucros (em vez de os distribuírem) para aumentar as ‘almofadas’ de capital e, assim, estarem mais bem preparados para futuras crises.

IM (JO) // EA

By Impala News / Lusa

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