Macron garante “mobilização plena” do Estado para libertar jornalista no Mali
O presidente francês, Emmanuel Macron, garantiu hoje “a mobilização plena” do Estado para acabar com “o insuportável sequestro” do jornalista Olivier Dubois, raptado há um ano por um grupo de milicianos no Mali.
O chefe de Estado exprimiu, em comunicado, o seu “apoio indefetível” ao refém francês, “raptado no exercício do seu ofício de jornalista”, “à sua família, aos seus amigos e às redações para quais trabalha”. Em comunicado, Macron garantiu-lhes “a sua compaixão nesta dolorosa prova e a plena mobilização dos serviços do Estado para acabar com o sequestro” de Olivier Dubois, “o único francês detido por uma organização terrorista”. O ministro dos Negócios Estrangeiros francês, Jean-Yves Le Drian, anunciou, por seu lado, ter contactado com a família de Olivier Dubois “para lhe transmitir a sua compaixão e a compreensão da sua angústia”.
Para ler depois
Morreu Maria Teresa Gomes Ferreira, antiga diretora do Museu Gulbenkian
A conservadora Maria Teresa Gomes Ferreira, que dirigiu o Museu Calouste Gulbenkian durante quase trinta anos, morreu na quinta-feira em Lisboa aos 96 anos (… continue a ler aqui)
Em declarações à estação televisiva France 5, declarou que compreende “a sua impaciência”, acrescentou o chefe da diplomacia francesa, enquanto a família deplora uma “falta de informação” da parte do governo francês. “Senti compreensão da necessidade de silêncio neste género de situação”, realçou Jean-Yves Le Drian, que tem sido confrontado com vários raptos no Mali. “De cada vez, o silêncio foi necessário. A maior parte das operações foi bem conseguida. Foi o que disse à família de Olivier Dubois. É preciso resistir, manter-mo-nos juntos, manter a discrição e a solidariedade”, insistiu.
O jornalista independente, com 47 anos, que vive e trabalha no Mali desde 2015, tinha anunciado o seu próprio rapto, através de um vídeo, divulgado nas redes sociais em 05 de maio de 2021. Aí explicava que tinha sido raptado em 08 de abril, em Gao, no norte do Mali, pelo Grupo de Apoio ao Islão e aos Muçulmanos (GSIM, na sigla em Francês), principal milícia do Sahel, ligada à Al-Qaeda. Um ano depois, a sua família realizou um vídeo para sensibilizar o público, com a participação de várias jornalistas. “Estamos em pleno ‘stress’ desde há um ano, mas mantemos a energia para ajudar Olivier, fazendo barulho e falando de si”, disse a sua irmã, Canèle Bernard, à AFP.
Siga a Impala no Instagram