Metade do poder de compra nacional concentrado em 22 municípios
Vinte e dois dos 308 municípios portugueses, localizados sobretudo nas áreas metropolitanas de Lisboa e do Porto, concentravam metade do poder de compra per capita nacional em 2017.
Vinte e dois dos 308 municípios portugueses, localizados sobretudo nas áreas metropolitanas de Lisboa e do Porto, concentravam metade do poder de compra per capita nacional em 2017, informou hoje o Instituto Nacional de Estatística (INE). De acordo com os dados sobre o indicador percentagem de poder de compra (PPC) relativos a 2017, divulgados hoje pelo INE, 22 concelhos “concentravam 50% do poder de compra nacional” e, “no conjunto, as duas áreas metropolitanas concentravam mais de metade (52%) do poder de compra, apesar de reunirem 44% da população do país”.
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Lisboa destacava-se no contexto nacional ao nível municipal, representando 11% do poder de compra total. Além de Lisboa, concentravam individualmente mais de 1% do poder de compra nacional os municípios de Sintra, Oeiras, Cascais, Loures, Almada, Amadora, Seixal, Odivelas, Vila Franca de Xira e Setúbal (na AML) e de Porto, Vila Nova de Gaia, Matosinhos, Maia, Gondomar e Santa Maria da Feira (na AMP).
Também integravam este conjunto os municípios capitais de distrito de Braga, de Coimbra e de Leiria, o do Funchal (Madeira), de Guimarães e de Vila Nova de Famalicão (ambos na sub-região do Ave). No lado oposto da tabela, encontravam-se os municípios do Corvo e das Lajes das Flores (Açores), Barrancos (Baixo Alentejo) e Porto Moniz (Madeira), detendo individualmente menos de 0,015% do poder de compra nacional. Por sub-regiões, os concelhos com menor poder de compra localizavam-se maioritariamente no interior das regiões Norte e Centro, nomeadamente no Alto Tâmega, Beira Baixa e Terras de Trás-os-Montes.
Alentejo Litoral, o Alto Alentejo e o Baixo Alentejo contribuíam, individualmente, com menos de 1% para o poder de compra
Além destas sub-regiões, o Alentejo Litoral, o Alto Alentejo e o Baixo Alentejo contribuíam, individualmente, com menos de 1% para o poder de compra nacional. Já o indicador per capita (IpC) do poder de compra, que traduz o poder de compra per capita nos diferentes municípios ou regiões tendo como referência um valor nacional igual a 100, revelou que o poder de compra em 2017 era superior no continente (com um índice de 100,7) em relação às regiões autónomas, obtendo 87,3 nos Açores e 86,5 na Madeira.
Segundo o INE, 32 municípios portugueses tinham um poder de compra per capita superior à média nacional, tratando-se de concelhos “maioritariamente localizados nas duas áreas metropolitanas de Lisboa (oito em 18 municípios) e do Porto (seis em 17) ou coincidentes com capitais de distrito”. Por NUTS II (nomenclatura de unidades territoriais na divisão do país), a Área Metropolitana de Lisboa (124,1) era a única região com um valor superior à média nacional, seguida pelo Algarve (99,1), com um valor próximo da média nacional.
Quanto às três restantes regiões NUTS II do continente, o Norte registava um índice de poder de compra per capita de 92,1, o Alentejo de 90,1 e o Centro de 88,3. A Área Metropolitana do Porto, inserida na região do Norte, também apresentava um valor de IpC (104,4) acima da média nacional.
Por outro lado, 149 municípios (48% do total de municípios) apresentavam valores de IpC inferiores a 75, localizados sobretudo no interior da região Norte, na Madeira e no Interior Centro. A 13.ª edição do Estudo sobre o Poder de Compra Concelhio, relativo a 2017 (EPCC 2017), tem como objetivo prestar informação ao nível do município que traduza o poder de compra manifestado nestes espaços geográficos.
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